DEM pede reforço na fiscalização das eleições em Salvador
Ação de cabos eleitorais para destruir material de campanha dos rivais é comum na cidade. MP Eleitoral teme 'importação' de eleitores para tumultuar o pleito
A apertada disputa pela prefeitura de Salvador tem levado militantes do candidato democrata Antonio Carlos Magalhães Neto e do petista Nelson Pelegrino ao limite. Nas ruas, o clima entre cabos eleitorais dos dois candidatos é de tensão e pouco respeito. Tornou-se corriqueira a imagem de militantes arrancando adesivos do candidato rival ou colando propaganda para encobrir a imagem de um deles.
Neste sábado, o líder da oposição na Assembleia Legislativa da Bahia, deputado Paulo Azi (DEM), encaminhou um ofício ao Ministério Público Eleitoral pedindo reforço de fiscalização nas seções onde, no primeiro turno, ACM Neto obteve vantagem sobre o petista. Azi alegou ter recebido a informação de que militantes do PT planejam “tumultuar” a votação nestas seções.
“Eles estão desesperados porque sabem que o povo de Salvador quer ACM Neto prefeito e vai demonstrar isso nas urnas. Vão tentar fazer de tudo para tumultuar o processo eleitoral. É preciso que a Polícia Federal, o Ministério Público e a Justiça Eleitoral fiquem muito atentos”, disse Azi.
O procurador regional eleitoral Sidney Madruga, que coordena os promotores eleitorais, confirmou ter recebido a denúncia do DEM e encaminhou ofício a Polícia militar. No documento, Madruga encaminha a relação de locais em que o democrata foi o mais votado no primeiro turno e pede que a PM “dê prioridade quanto ao policiamento preventivo, de forma a evitar agressões mútuas e distúrbios violentos de outra ordem”.
Na quarta-feira, Madruga afirmou ao site de VEJA que havia pedido reforço das polícias para evitar que Salvador se transformasse em uma “praça de guerra” no domingo. Na entrevista, o procurador afirmou que tinha a notícia de que ônibus com cabos eleitorais vindos de outras cidades chegariam a Salvador para fazer boca de urna no dia da eleição.
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