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Delegado-geral do Paraná é afastado após denúncias de tortura

Marcus Vinicius Michelotto comandava a Polícia Civil desde 2011; saída ocorre semanas após a reviravolta no caso Tayná

Por Jean-Philip Struck
23 jul 2013, 17h43

O governo do Paraná anunciou a troca da chefia da Polícia Civil. O delegado-geral Marcus Vinicius Michelotto, que ocupava o cargo desde o início da gestão Beto Richa (PSDB), foi destituído na noite desta segunda-feira. No lugar dele foi nomeado Riad Braga Farhat, atual chefe da Divisão Estadual de Narcóticos (Denarc) do estado.

A saída de Michelotto ocorreu depois da reviravolta no caso Tayná, com a revelação de que quatro funcionários de um parque de diversões inicialmente acusados de estuprar e matar uma adolescente de 14 anos em Colombo, na região metropolitana de Curitiba, foram brutalmente torturados por policiais civis para que confessassem o crime. Dez policiais civis, incluindo um delegado, foram presos por envolvimento no caso.

Em nota interna, distribuída para a polícia, Michelotto disse que a saída ocorreu “em comum acordo” com a Secretaria da Segurança Pública. “Momento de oxigenação, novos rumos e novos desafios. Agora não devemos pensar na transição em si, mas em apoiarmos o novo delegado-geral, doutor Riad Farhat.”, disse Michelotto.

Escândalos – Ao longo de 2011 e 2012, operações desastradas e denúncias de corrupção também marcaram a gestão de Michelotto. Um desses casos envolveu a morte de um sargento da Brigada Militar do Rio Grande do Sul, a Polícia Militar gaúcha.

O novo delegado-geral Riad Farhat
O novo delegado-geral Riad Farhat (VEJA)
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Em dezembro de 2011, policiais civis do Paraná viajaram para Gravataí para tentar resgatar duas vítimas de sequestro. Detalhe: a operação aconteceu sem o conhecimento das autoridades gaúchas. Durante a viagem, um sargento gaúcho que abordou os policiais paranaenses, pensando se tratar de criminosos, acabou sendo morto por eles. Os policiais paranaenses foram presos.

No mês seguinte, em janeiro, um novo escândalo: um grupo de policiais realizou uma operação em uma casa de Curitiba, onde funcionava um cassino e um bordel de luxo. A operação ocorreu sem a presença de um delegado e sem a autorização da cúpula. Michelotto disse que os policiais envolvidos agiram como “milicianos”. Já os policiais que participaram da ação justificaram a iniciativa “autônoma” como uma forma de pressionar por mais ações desse tipo da polícia.

Entre outros momentos de tensão da gestão Michelotto estão a série de reportagens sobre a Polícia Civil publicadas pelo jornal curitibano Gazeta do Povo em 2012, que incluíam denúncias de mau uso de verba, sucateamento de delegacias e uso de viaturas para fins pessoais.

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