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Delegado é afastado após prisão de agente por jogo do bicho

Acusado de receber propina, chefe de investigações da 4ª DP foi preso em operação da polícia e é uma das 35 pessoas que foram denunciadas pelo MP

Por Pâmela Oliveira, do Rio de Janeiro
29 ago 2012, 19h45

A chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro, Martha Rocha, determinou nesta quarta-feira o imediato afastamento do delegado Henrique Pessoa, titular da 4ª DP. A decisão foi tomada depois da prisão do chefe do Grupo de Investigações Criminais do órgão, Weber Santos de Oliveira, nesta quarta-feira em uma operação policial que teve como alvo um esquema de jogo ilegal. A ação, batizada de Catedral, e estourou também a central onde eram feitos os sorteios válidos para todo o estado. Weber é acusado de receber 16.000 reais por mês de uma organização criminosa que controla o jogo do bicho na região Central da cidade e em São Cristóvão, na zona norte.

“A investigação constatou envolvimento de policial da 4ª DP, que recebia propina mensal de 16.000 reais. Comprovadamenbte, só ele recebia. Mas há indícios de que esse dinheiro era destinado a mais alguns, o que não foi comprovado”, disse o subsecretário de inteligência Fábio Galvão, durante entrevista coletiva antes do afastamento do delegado.

Esta não é a primeira vez que policiais desta delegacia aparecem envolvidos com contraventores do jogo do bicho. Em 2009, a então delegada Evanora Gomes de Moraes foi demitida após investigação da Corregedoria Geral Unificada (CGU), que apontou o envolvimento dela e de um inspetor de polícia com o contraventor José Scafura, conhecido como Piruinha. Durante a Operação Catedral, 18 pessoas foram presas, quatro delas policiais da ativa e dois da reserva. Além de um ex-policial civil.

MP – Weber Santos de Oliveira é uma das 35 pessoas denunciadas pelo Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) nesta quarta, suspeitas de integrar um grupo que age na região central da cidade. Todas são acusados de crimes de exploração ilegal de jogo de azar, formação de quadrilha, corrupção passiva e ativa e violação de sigilo funcional. Entre os suspeitos – que também foram presos na operação policial -, ainda estão Evandro Machado dos Santos, o Bedeu, que seria o chefe do grupo, seu filho Alessandro Ferreira dos Santos, o capitão Anderson Luiz de Souza, do 5º Batalhão de Polícia Militar, e o sargento Marcos Aurélio das Chagas, PM da UPP Providência.

“Para a realização da atividade ilegal do jogo, a organização atua corrompendo agentes públicos, em especial policiais civis e militares, para que estes não realizem seu dever de ofício, ou seja, a repressão ao ‘jogo do bicho’. Além disso, a organização conta com diversos integrantes, que, sem autorização legal ou regulamentar, usam armas de fogo para exercer a segurança dos chefes e dos ‘pontos do jogo do bicho’, bem como dar proteção ao transporte dos valores arrecadados com o jogo e que se destinam ao pagamento da corrupção”, detalha a nota do MP.

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