Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

De olho nos votos da periferia, Serra diz que vai priorizar pobres

Tucano fez questão de reafirmar a parceria com o governador Geraldo Alckmin

Por Carolina Freitas
7 out 2012, 23h08

O candidato do PSDB à prefeitura de São Paulo, José Serra, deu, em seu discurso após a apuração das urnas, as diretrizes de sua campanha neste segundo turno. O tucano reforçou a importância de um trabalho conjunto entre prefeito e governador e falou da sinergia entre ele e Geraldo Alckmin. Serra evocou ainda a importância de valores como o trabalho e a verdade e fez uma referência indireta ao caso do mensalão, que está sendo julgado pelo Supremo Tribunal Federal. Além disso, de olho nos votos da periferia, Serra prometeu olhar para os mais pobres.

Vitorioso no primeiro turno por pouco mais de um ponto porcentual de vantagem, Serra se mostrou ciente da dificuldade desta segunda etapa. “Farei campanha de dia, de noite e de madrugada”, afirmou em discurso para a imprensa e cerca de setenta miltiantes no comitê de campanha, no centro da cidade. “Faço um chamado à cidade: vamos fazer uma campanha a favor de São Paulo. Vamos governar São Paulo a favor dos paulistanos.”

O candidato, que concentra seu eleitorado na região central, reforçou o discurso voltado para a classe baixa. “Dá gosto fazer bem às pessoas. Todos aqueles que são carentes e necessitados vão contar comigo 24 horas por dia. Ninguém que for necessitado vai ficar de lado. Os pobres serão o centro de nossa atuação cotidiana em São Paulo.”

Continua após a publicidade

Serra também deixou claro que vai dar sequencia à estratégia de colar seu nome ao do bem avaliado governador Geraldo Alckmin. “São Paulo é o eixo dinâmico do estado, que, por sua vez, é o eixo dinâmico da economia brasileira. Se ganharmos a eleição, teremos a parceria revigorada, comigo na prefeitura e Alckmin no governo do estado.”

Críticas – Ainda que de forma comedida, José Serra deu o tom de seu discurso para desconstruir a candidatura de Fernando Haddad. E tocou em um ponto sensível do adversário: o mensalão do PT, que está em julgamento do Supremo Tribunal Federal. “A ação política é revestida de valores, que foi uma coisa que ameaçou sair de moda, mas, felizmente, com o nosso STF, está voltando à moda”, afirmou o tucano.

Ele voltou à carga também em um dos primeiros pontos de discórdia da campanha: a questão da falta de vagas em creches na capital. Haddad disse que a prefeitura de Gilberto Kassab (PSD) tinha recusado recurso federal para a educação infantil. O vice de Serra, Alexandre Schneider, rebateu e disse que o que houve foi morosidade por parte do governo federal. “Houve um avanço extraordinário na questão das creches”, afirmou hoje Serra. “Falta ainda e vamos fazer. Mas não é creche de saliva. Essa é moleza fazer. Difícil é fazer de tijolo, com professores de verdade. E nós vamos fazer.”

Continua após a publicidade

Alianças – A campanha de Serra articula agora uma estratégia para conquistar apoios para esse segundo turno. Depois do discurso à militância, Serra reuniu-se por uma hora com o comando de campanha, que fica no mesmo edifício do comitê. Na mira da coligação estão o PTB, que esteve com Celso Russomanno no primeiro turno, o PPS, que lançou Soninha Francine, o PDT, de Paulinho da Força, e o PRTB, de Levy Fidelix.

O coordenador de campanha de Serra, Edson Aparecido, afirmou que vai buscar fazer alianças com base em propostas. “Não há aliança com apoio automático, por que o partido é ou não base de governo”, disse. “A aliança tem de ser programática.” Alckmin, que mantém um bom diálogo especialmente com o PDT e PTB vai ser um dos ponta-de-lança nessa tarefa. “O eleitor é muito livre no segundo turno, para fazer sua escolha.”

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.