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Conselho de Ética aprova abertura de investigação contra Eduardo Cunha

Deputados acompanharam o voto do relator do caso, Marcos Rogério (PDT-RO), que apresentou seu texto nesta terça-feira

Por Marcela Mattos Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 15 dez 2015, 08h47

Acordado nesta terça-feira pela Polícia Federal, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), sofreu mais um revés nesta manhã, desta vez no Conselho de Ética da Casa. Por onze votos a nove o colegiado aprovou a abertura de investigação contra o deputado. Foram necessárias oito sessões para que o caso finalmente se movimentasse no colegiado. As reuniões até aqui haviam sido marcadas por sucessivas manobras de Cunha e seus aliados para protelar os trabalhos: até o primeiro relator do caso, Fausto Pinato (PRB-SP), acabou deposto do cargo na semana passada. Os deputados acabaram nesta terça por seguir o parecer de Marcos Rogério (PDT-RO), escolhido para o lugar de Pinato. Cunha já articula manobra para levar a questão à Comissão de Constituição e Justiça, comandada por aliados.

Com a abertura do processo, abre-se prazo de dez dias úteis para Eduardo Cunha apresentar sua defesa no colegiado. Como já na próxima semana o Congresso entra em recesso, essa etapa deve ficar para 2016.

A votação foi precedida de momentos de tensão e, como de praxe, por tentativas de aliados de Cunha de adiar a decisão sobre o caso. O deputado Júlio Delgado (PSB-MG) chegou a afirmar que foi procurado por aliados de Cunha, entre eles Carlos Marun (PMDB-MS), André Moura (PSC-SE) e Hugo Motta (PMDB-PB), que teriam prometido desistir do “kit obstrução” em troca do adiamento da sessão para quarta-feira.

“É verdade que começa a rolar um acordo com o presidente para ele renunciar o mandato e eleger um novo presidente que tenha legitimidade pra tocar essa bandeira. Esse acordo de querer jogar para frente é arriscado. Quem é que garante que até lá ele ainda será presidente dessa Casa?”, afirmou o petista José Geraldo (PT-PA). Pouco antes, ele afirmou que Cunha renunciaria ao cargo ainda nesta terça.

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Aliados de Cunha mudaram de estratégia ao longo da votação. Depois de tentar mais uma vez adiar a deliberação do relatório, eles decidiram retirar todos os requerimentos protelatórios e enfim votar o parecer. Agora, eles falam em recorrer à Comissão de Constituição e Justiça com um recurso para derrubar a votação que impediu um novo pedido de vista ao processo, o que já havia acontecido na apresentação do parecer do deputado Fausto Pinato. Se a CCJ, comandada por Arthur Lira (PP-AL), aliado de Cunha, acatar a ação, todo o processo no colegiado volta à estaca zero.

Polícia Federal – A busca na residência de Cunha foi autorizada pelo ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF), a pedido do procurador-geral da República, Rodrigo Janot. O objetivo é coletar provas para os inquéritos que apuram se Cunha cometeu os crimes de lavagem de dinheiro e corrupção passiva.

O peemedebista foi denunciado pelo Ministério Público Federal por ter recebido propina de 5 milhões de reais para viabilizar a construção de navios-sonda da Petrobras, entre junho de 2006 e outubro de 2012. Agentes da PF também vasculharam escritórios da diretoria-geral e da presidência da Câmara dos Deputados.

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<p>Novo relator apresentou parecer nesta terça. Acompanha os trabalhos a repórter Marcela Mattos, de Brasília</p>
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