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Com dura missão pela frente, Ideli promete abrir os cofres

Nova ministra de Relações Institucionais terá, na quarta, o desafio de garantir aprovação da MP da Copa no Senado. E promete liberar verba para emendas

Por Da Redação
13 jun 2011, 07h41

“Todos os partidos têm as suas disputas de espaço […]. Não tem espaço para todos. Teremos de ter capacidade política para organizar a fila”.

Idelia Salvatti, sobre a distribuição de cargos a aliados

A nova ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, assume a pasta nesta segunda-feira com uma série de desafios pela frente. Ela será responsável pela articulação política do governo com o Congresso e enfrenta, já nesta semana, a missão de conseguir, no Senado, a aprovação das novas regras de licitação propostas pelo Planalto, que visam a dar celeridade às obras da Copa do Mundo e dos Jogos Olímpicos. E Ideli já tem na manga uma maneira de negociar com os parlamentares: abrir os cofres do governo, liberando verbas a emendas e distribuindo cargos aos partidos da base.

O novo sistema, denominado Regime Diferenciado de Contratações Públicas (RDC), vai permitir ao Palácio do Planalto correr com as licitações, sem ter que seguir as restrições impostas pela legislação atual. Mas a oposição considera o projeto muito abrangente e defendem mudanças no texto para garantir limites e evitar “o caminho aberto para a corrupção”.

O problema apontado por DEM e PSDB é que a proposta, que valia apenas para as obras em aeroportos, foi estendida para tudo aquilo que for considerado “necessário” para a realização dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de 2016, para a Copa das Confederações de 2013 e a Copa do Mundo de 2014. As legendas prometem obstruir a votação, que ocorre na próxima quarta-feira.

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Segundo a edição desta segunda-feira do jornal O Estado de S. Paulo, Ideli vai negociar com o líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP), pela aprovação da proposta. O deputado chegou a ser cotado para assumir o cargo que Ideli passará a ocupar oficialmente nesta segunda. Focada em sua missão, Ideli parece disposta a deixar para trás a postura de durona que assumiu quando senadora – e que lhe rendeu o apelido de “pit bull do governo”. Em entrevista ao jornal O Globo, a nova ministra contou que a primeira ligação que fez quando a presidente Dilma Rousseff oficializou seu nome para o cargo, na última sexta-feira, foi para o vice-presidente Michel Temer (PMDB).

“Esta minha primeira semana será de oficializar o pedido de ajuda e colaboração, de abrir portas, para termos trânsito e constituirmos uma interlocução mais próxima da base com o governo”, afirmou. “Todos os partidos têm as suas disputas de espaço. Alguns deixam isso mais público, outros menos. Vamos constituir com o PT uma forma de diálogo. Não tem espaço para todos. Teremos de ter capacidade política para organizar a fila”, continuou.

Ideli ainda se comprometeu a liberar a segunda etapa de emendas parlamentares, que soma 250 milhões de reais. “O ministro Luiz Sérgio [que a antecedeu no cargo] me disse que os limites para os ministérios já estão engatilhados, para a liberação das emendas dos parlamentares”, afirmou.

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