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Colegas do menino morto pela GCM negam confronto com agentes

Em depoimento, os adolescentes de 14 anos afirmam que não estavam armados. Eles admitiram três roubos e furtos de carros no bairro da Cidade Tiradentes recentemente

Por Da Redação
29 jun 2016, 12h44

Os dois adolescentes que acompanhavam o menino de 11 anos morto com um tiro na nuca por um guarda-civil metropolitano durante perseguição na Zona Leste de São Paulo foram ouvidos nesta terça-feira, no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Eles afirmaram que não houve confronto e que não estavam armados. Os garotos de 14 anos também contaram que tentaram furtar um Gol. O menino de 11 anos, segundo o depoimento, tinha facilidade em abrir carros com uma chave mixa e fazer ligação direta no motor. Como não conseguiram levar o Gol, furtaram um Chevette, mas foram vistos por um motoqueiro, que avisou a Guarda Civil Metropolitana (GCM).

O menino de 14 anos que assumiu o volante admitiu que tentou fugir em alta velocidade. Eles afirmaram que perceberam os tiros da GCM, um deles acertou um dos pneus e o carro perdeu a estabilidade. Ele disse que deu “um cavalo de pau”, parou próximo de uma quermesse e correu para uma viela. O outro menino de 14 se misturou aos frequentadores da festa, enquanto o garoto de 11 anos, já atingido na nuca pelo disparo, agonizava no carro.

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Os garotos prestaram depoimento acompanhados dos pais e do advogado Arles Gonçalves Júnior, da Comissão de Segurança Pública da Ordem dos Advogados do Brasil-Seção São Paulo. Os dois menores admitiram que praticaram três roubos e furtos de carros no bairro da Cidade Tiradentes recentemente. O menino de 11 anos os acompanhou em alguns casos. Os adolescentes cumprem ordem judicial de liberdade assistida, devido ao roubo de um carro com arma de brinquedo.

O guarda Caio Muratori afirmou à polícia que atirou quatro vezes no veículo após os ocupantes dispararem em direção à viatura. Os dois guardas que estavam com Muratori afirmaram que não viram o confronto. O agente foi autuado em flagrante por homicídio culposo – quando não há intenção de matar -, pagou fiança e vai responder às acusações em liberdade. Os laudos periciais do carro devem ficar prontos em 30 dias.

(Da redação com Estadão Conteúdo)

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