Center Norte: aberto e com movimento fraco

Após ordem de interdição devido ao alerta de vazamento de gás metano, shopping vai manter portas abertas graças a uma liminar

Por André Vargas
30 set 2011, 14h10

Fachada do Shopping Center Norte (Marisa Cauduro/Folhapress/VEJA)

O movimento de consumidores no Shopping Center Norte foi reduzido, na manhã de sexta-feira, após o alerta sobre o risco de vazamento de gás metano, que provocou a ordem de interdição do estabelecimento – cancelada no final da tarde desta quinta por decisão da Justiça

Ainda que a administração não divulgue números, lojistas ouvidos pelo site de VEJA afirmam que desde quarta, um dia após a ordem de interdição expedida pela prefeitura de São Paulo, o movimento caiu pela metade. O clima é de desconfiança. “Acho que deveriam ter fechado por uns dias para fazer tudo o que é preciso fazer. Depois era só reabrir, seria melhor para as vendas”, afirmou a vendedora Taína Moraes. “Fazer o quê? Se explodir a gente corre”, brincou a administradora Alessandra Santos, que evitou o local desde o início da semana.

A consumidora Lisíria Ferro Pereira, de 65 anos, classificou a interdição como uma “palhaçada”. “Tudo aqui ao redor foi erguido sobre lixões. E só o Center Norte que vai explodir?”, afirmou.

Durante a manhã, técnicos do shopping e da Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb) vistoriaram os acessos ao subsolo do centro de compras. A administração do empreendimento mostrou o único duto de exaustão de metano em funcionamento. Construído há 40 dias, o sistema suga, por meio de bombas, as emanações de gases do solo a partir de uma canalização que vai até cinco metros de profundidade. Outros nove dutos devem ser concluídos nos próximos dezenove dias.

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Perdas – O sindicato dos comerciários esteve no shopping nesta sexta-feira. Seus representantes estudam uma forma de compensar as perdas dos trabalhadores, na visão da entidade, causadas pela irresponsabilidade da administração do centro de compras, que há anos conhece o problema.

De acordo com a prefeitura de São Paulo, a procuradoria municipal ainda estuda como tentar anular na Justiça a liminar que manteve o shopping aberto. A Cetesb informou que a multa diária de 17.000 reais está mantida até o Center Norte apresentar uma solução para as emanações de gás metano.