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Cabral pede desculpas à família de mulher arrastada por viatura

Em reunião no Palácio Guanabara, governador prometeu indenização a parentes de Claudia Silva Ferreira e garantiu empenho nas investigações

Por Da Redação
19 mar 2014, 16h01

Em reunião com a família da mulher que foi arrastada por uma viatura da Polícia Militar, o governador Sérgio Cabral pediu desculpas em nome do Estado e prometeu empenho e rigor nas investigações. O encontro ocorreu na manhã desta quarta-feira, no Palácio Guanabara, Zona Sul do Rio, e durou cerca de duas horas. Na saída, o viúvo da servente Claudia Silva Ferreira, de 38 anos, disse à imprensa que o grupo exigiu mudanças na forma como moradores de comunidades são tratados durante operações policiais.

“Se não tivesse aquele cara que filmou, este seria só mais um caso de (morador inocente) que tomou tiro, entrou no hospital e morreu”, afirmou o vigia Alexandre Fernandes da Silva, de 41 anos, referindo-se ao cinegrafista amador que filmou a mulher sendo arrastada pela viatura enquanto era socorrida depois de ter sido baleada em uma operação policial no Morro da Congonha, em Madureira, Zona Norte da capital, onde morava.

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O secretário de Assistência Social e Direitos Humanos, Pedro Fernandes, também garantiu agilidade no processo que apura de quem é a culpa pela morte de Claudia. “Entendemos que esse é um caso de extrema importância. Oferecemos a inclusão de familiares e moradores da comunidade no Programa de Proteção a Testemunhas, apoio para acelerar processo de adoção dos quatro sobrinhos que Claudia criava, e a inclusão dos parentes nos benefícios sociais do governo. O governador também garantiu que a família será indenizada.”

Ações – Os três PMs que arrastaram Claudia na viatura constam como envolvidos em 62 autos de resistência (registros de ocorrência em que suspeitos morreram em supostos confrontos com a polícia) no sistema informatizado da Polícia Civil. Pelo menos 69 pessoas morreram nesses supostos tiroteios, desde 2000. “Existe um conceito de que na favela todo mundo é bandido. Mas lá também tem muito trabalhador, como a Claudia era. As pessoas de bem não podem pagar pelo mal. Está na hora disso acabar. Não pode a polícia chegar na comunidade, dar tiro, matar morador, e depois botar (no registro de ocorrência) que foi troca (de tiros)“, disse o viúvo.

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(Com Estadão Conteúdo)

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