Baleado em protesto diz que sacou estilete depois de ter sido atingido
Fabrício Chaves, de 22 anos, afirmou não tinha explosivos em sua mochila; ele já tinha participado de outros protestos violentos
Por Da Redação
29 jan 2014, 08h31
O estoquista Fabrício Proteus Chaves, de 22 anos, baleado por policiais militares durante o protesto contra a Copa do Mundo no último sábado, disse em depoimento a três delegados da Polícia Civil que levou um tiro antes mesmo de sacar o estilete que levava no bolso. A versão apresentada por Chaves entra em conflito com o que foi informado pelos policiais. Os PMs alegam que o primeiro tiro foi disparado só após Chaves tentar atacar um deles com o estilete. O depoimento aconteceu na tarde da terça-feira na Santa Casa, onde Chaves segue internado. Veja as imagens da ação.
O episódio ocorreu em Higienópolis, quando os jovens deixavam a manifestação. Naquele ponto, o protesto já havia degenerado para cenas de vandalismo. Chaves, que foi atingido na região genital e no ombro, continua internado na Santa Casa.
O rapaz nega que carregava explosivos em sua mochila, de acordo com nota da Secretaria de Segurança Pública do Estado. Ele afirma que as bombas, feitas com latas de cerveja, pertenciam a Marcos Salomão, jovem que foi rendido pelos policiais na rua da Consolação junto com Chaves.
Em seu depoimento, Salomão disse que se rendeu imediatamente, mas que o colega decidiu fugir. Salomão confirma que estava com os explosivos e diz que os carregava para se proteger dos “atos da Polícia Militar”. A polícia diz que Chaves também portava explosivos.
Segundo o delegado titular do 4º DP (Consolação), José Gonzaga Da Silva Marques, os indícios apontam para reação em uma legítima defesa dos PMs. Chaves responde a inquérito por desobediência, desacato e resistência.
Família – A família do estoquista diz que ele não é agressivo e que participava de manifestações desde junho do ano passado de maneira pacífica.
“Ele reagiu à ação policial e estava numa condição de resistência. Em princípio, não é possível dizer que tenha havido excesso dos policiais”, disse o delegado.
Após a investigação policial, o inquérito será encaminhado ao Ministério Público, que pode concordar ou não com as conclusões da polícia.
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O delegado diz entender que os PMs não se excederam. “Se eles tivessem dado dez tiros era excesso. Eles deram um. E homicídio tentado não tem socorro. Os policiais socorreram”, disse.
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