Alckmin lamenta morte de Campos: ‘Uma tragédia’

Governador de São Paulo tem como vice em sua chapa à reeleição Márcio França, do PSB, partido do qual Campos era presidente

Por Bruna Fasano 13 ago 2014, 16h48

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, e o ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos, em Recife, em março deste ano (Carlos Ezequiel Vannoni/Fotoarena)

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), lamentou nesta quarta-feira a morte de Eduardo Campos. Logo que soube do acidente, o governador cancelou os compromissos previstos para esta quarta-feira na capital paulista e dirigiu-se para Santos, no litoral do Estado.

“Uma tragédia que entristeceu todo o nosso país. Em nome da população de São Paulo, eu gostaria de transmitir os nossos sentimentos a todos os familiares de todas as pessoas que perderam a vida neste acidente. O Brasil, com Eduardo Campos, infelizmente perdeu uma liderança, um jovem promissor e que tinha muito a contribuir com o nosso país. E eu perco um amigo. Eu conheci o Eduardo pelo Márcio França, ele era uma pessoa admirável”, afirmou o governador, em entrevista coletiva na prefeitura de Santos.

O PSDB de Alckmin, que concorre à reeleição, e o PSB, partido que tinha Campos como presidente, estão coligados na disputa pela administração do governo do Estado. A intenção dos dirigentes do PSB era que Campos e Alckmin realizassem eventos em parceria, principalmente no interior do Estado. Comitês conjuntos, apelidados “Edualdo” – chapa Eduardo Campos presidente e Geraldo Alckmin governador -, chegaram a ser inaugurados no interior. Por diversas vezes, Alckmin afirmou que tinha em Campos um amigo, mas que seu candidato à Presidência é o companheiro de partido Aécio Neves.

O deputado Márcio França, vice de Alckmin na corrida eleitoral, foi o responsável pela aproximação entre os dois políticos. Foi Campos quem deu o aval para que França integrasse a chapa tucana e costurasse a aliança entre as siglas.

O governador de São Paulo decretou luto oficial de três dias no Estado.