Nesta segunda-feira, vai a julgamento pela terceira vez o fazendeiro Vitalmiro Bastos de Moura, acusado de ser o mandante do assassinato da missionária Dorothy Stang, ocorrido em fevereiro de 2005.
Na primeira sessão, ele havia sido condenado a 38 anos de reclusão. Na segunda sessão, foi absolvido. Esta decisão foi anulada pelo Tribunal de Justiça em recurso de apelação interposto pelo Ministério Público.
Pela segunda vez, o defensor do réu, advogado Eduardo Imbiriba, não compareceu à sessão de júri, sendo substituído pelo advogado Arnaldo Lopes de Paula, que requereu o substabelecimento para funcionar no julgamento em favor de Vitalmiro, solicitando o adiamento da sessão em nome da ampla defesa.
O juiz Raimundo Moisés Flexa, da 2ª Vara do Tribunal do Júri, com fundamento no artigo 456 do Código de Processo Penal, negou o pedido da defesa, afirmando que, conforme a legislação penal, a sessão de júri pode ser adiada apenas uma vez.
O magistrado lembrou que a mesma sessão já fora adiada em 31 de março, justificada pela ausência do advogado, que aguardava o julgamento de um habeas corpus pelo Supremo Tribunal Federal, o qual foi negado liminarmente pelo ministro Cezar Peluso.
Júri – Após as deliberações, o magistrado deu sequência aos trabalhos com o sorteio de jurados para formação do Conselho de Sentença, o qual ficou composto por seis mulheres e um homem. Foi registrada a presença das quatro testemunhas arroladas pela acusação e apenas uma da defesa.
A testemunha em comum arrolada pelas duas partes também compareceu. Dessa forma, os defensores pediram a substituição de duas testemunhas, integrando-se à relação Rayfran Sales e Clodoaldo Batista.
(Com Agência Estado)