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Acordo pode evitar greves na construção civil

Compromisso assinado nesta quinta-feira prevê medidas para prevenir acidentes e pode evitar atrasos em obras – como as da Copa do Mundo

Por Luciana Marques
1 mar 2012, 12h40

A presidente Dilma Rousseff participou nesta quinta-feira da cerimônia de assinatura do Compromisso Nacional para Aperfeiçoar as Condições de Trabalho na Indústria da Construção. Além de prevenir acidentes funcionais e oferecer melhores condições de trabalho, a medida pode evitar atrasos em obras – em especial as da Copa do Mundo de 2014 e de usinas hidrelétricas.

Em 2011, o governo enfrentou greves de operários que trabalham na construção de estádios (como o Maracanã, no Rio) e de trabalhadores das usinas de Jirau e Santo Antônio, em Rondônia. Eles reclamaram da falta de segurança e das péssimas condições dos alojamentos.

A crise nas usinas só foi estancada depois de uma série de reuniões em Brasília, coordenadas pelo secretário-geral da Presidência, Gilberto Carvalho. As negociações realizadas desde então entre o governo, empresários e trabalhadores resultaram no acordo anunciado nesta quinta. As medidas, destinadas a obras públicas e privadas, dependem da adesão dos envolvidos.

Medidas – Durante a cerimônia no Planalto, Carvalho disse que 4 milhões de trabalhadores da construção civil e da chamada “construção pesada” serão beneficiados. Segundo o secretário-geral, o compromisso visa diminuir conflitos e formalizar o recrutamento de pessoal. “”As comissões vão em cada obra resolver os problemas antes que eles se acumulem e se tornem um tumulto”, disse.

A presidente Dilma Rousseff criticou as constratações por meio de intermediários, que podem resultar em escravidão por dívidas. “Considero o ‘gato’ uma das maiores perversas e daninhas atividades que herdamos do passado.”

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A presidente disse ainda que é preciso se buscar um consenso a partir dos conflitos entre empresários e trabalhadores e elogiou os sindicalistas: “Queria destacar a maturidade do movimento sindical brasileiro, que é capaz de sentar numa mesa para conversar.”

Segundo a presidente, o acordo pode beneficiar ainda as construções para os jogos da Copa e das Olimpíadas, como metrôs e veículos leves sobre trilhos (VLTs).

O deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), presidente da Força Sindical, também discursou no evento. Ele aproveitou para cobrar da presidente Dilma a valorização das aposentadorias e mudanças no fator previdenciário. Também foram convidadas para a cerimônia entidades como a Central Única dos Trabalhadores (CUT), a União Geral dos Trabalhadores (UGT) e a Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB).

Entre as construtoras que assinaram o acordo estavam Queiroz Galvão, Mendes Júnior, Andrade Gutierrez.

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