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Zelensky revela pela 1ª vez quantos soldados ucranianos morreram na guerra

Após aniversário de dois anos do conflito com a Rússia, presidente da Ucrânia admite que armas do Ocidente são escassas e russos 'têm superioridade'

Por Da Redação
Atualizado em 27 fev 2024, 10h59 - Publicado em 26 fev 2024, 09h14

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, revelou pela primeira vez nesta segunda-feira, 26, quantas mortes seu exército sofreu em batalhas contra as forças da Rússia, reconhecendo que 31 mil soldados morreram. Em discurso após o conflito completar dois anos, o líder ucraniano declarou que 2024 será decisivo para o resultado da guerra.

O mandatário se recusou a revelar quantos militares ucranianos ficaram feridos, dizendo que esse detalhe poderia ajudar Moscou.  As estimativas de autoridades de inteligência americanas são muito mais altas, sugerindo que 70 mil soldados morreram e 120 mil ficaram feridos durante o conflito.

Zelensky também afirmou que o número de russos mortos era bem mais alto que do lado ucraniano (180 mil).

Escassez de armas

Em discurso em Kiev, Zelensky disse acreditar que o seu país venceria a guerra. Isso apesar dos recentes reveses militares e do fluxo minguante de armas e auxílio vindos do ocidente, deixando suas forças particularmente desarmadas e com pouca munição. Segundo o presidente ucraniano, no final do ano passado, seus soldados chegaram a disparar um projétil para cada 12 lançados pelos russos. A proporção agora era de um para sete. “Eles têm uma grande superioridade”, admitiu.

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Nos Estados Unidos, deputados republicanos têm bloqueado um pacote de assistência militar e econômica de US$ 61 bilhões a Kiev há quatro meses. O líder ucraniano disse estar esperançoso de que o Congresso americano aprove em breve a nova rodada de financiamento, que inclui mísseis de defesa aérea usados para proteger a capital e outras cidades.

“Tenho certeza de que haverá uma decisão positiva. Caso contrário, vou questionar em que tipo de mundo vivemos”, disse Zelensky.

Os países da União Europeia têm tentado aumentar o apoio diplomático e militar à Ucrânia. O presidente da França, Emmanuel Macron, receberá os líderes europeus para uma conferência nesta segunda-feira.

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Ano decisivo

O presidente da Ucrânia, no mesmo discurso, descreveu 2024 como “um ponto de virada” e disse que o resultado das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro, seria um fator chave para definir o desfecho da guerra. Se o ex-presidente americano Donald Trump vencer a corrida pela Casa Branca, espera-se que ele interrompa a ajuda a Kiev.

“Este ano definirá o formato do fim da guerra”, disse Zelensky.

Segundo ele, não há perspectivas de negociações com Moscou. “Putin não vai me ligar. Ele não quer acabar com a guerra”, disse. A fórmula de paz de Zelensky prevê a retirada de todos os soldados russas do território ucraniano, levando em conta as fronteiras 1991 (ou seja, incluindo a Crimeia, invadida pela Rússia em 2014), bem como reparações e um julgamento sobre crimes de guerra.

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O ucraniano disse que haverá uma cúpula de paz “em breve” na Suíça, seguida de outra reunião num “continente diferente”. É improvável que a Rússia compareça. O Kremlin afirma que quatro províncias ucranianas no sul e no leste – incluindo alguns territórios que não controla – são agora russas e que a Ucrânia tem de aceitar “novas realidades”.

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