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Yazidis refugiados são recrutados para combater terroristas no Iraque

Membros da minoria étnico-religiosa estão recebendo treinamento do Exército do Curdistão. Eles conseguiram fugir do EI após os EUA atacarem os jihadistas

Por Da Redação
18 ago 2014, 17h16
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  • Membros da minoria étnico-religiosa yazidi estão recebendo treinamento militar para se unir às Forças Armadas iraquianas na ofensiva contra os terroristas do Estado Islâmico (EI). Os yazidis foram sitiados na montanha Sinjar pelos radicais sunitas, mas, após ataques aéreos dos Estados Unidos, conseguiram romper o cerco e fugiram para um campo de refugiados na Síria. Livres do perigo, os homens da minoria yazidi estão recebendo treinamento militar de oficiais da região semiautônoma do Curdistão para reforçar os pelotões que têm enfrentado diariamente os terroristas do EI.

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    “Até o momento, os yazidis sempre precisaram de alguém que pudesse protegê-los. Agora, eles estão aprendendo a se defender”, disse o comandante curdo Rostan, ao jornal Daily Telegraph. Embora não seja obrigatório, o treinamento dos curdos tem apelado para o lado emocional dos refugiados. No campo sírio de Nawrouz, o primeiro local para onde os yazidis fugiram, um alto-falante incita a minoria a ir para a guerra. “Eles estupraram as suas irmãs e mataram as suas mães. É hora de pegar em armas”, diz o inflamado discurso. Em vigor por apenas uma semana, o treinamento já atraiu centenas de voluntários, segundo o Exército curdo.

    O curso tem sido tão efetivo que alguns yazidis já retornaram à região de Sinjar para lutar. Nas aulas ministradas no campo de refugiados, o Daily Telegraph observou militares ensinando aos homens como limpar e montar um rifle AK47. “É um treinamento básico, mas intensivo, e com duração de quatro dias. Muitas pessoas chegam aqui com o sentimento de vingança. Eles viram as irmãs serem sequestradas e as mães morrerem”, afirmou Rostan. “Estão prontos para lutar.”

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    Há, contudo, o receio com a aproximação entre os rebeldes do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) e os yazidis refugiados. Os Estados Unidos já chegaram a classificar o PKK como um grupo terrorista e não mantêm nenhuma relação diplomática com a organização. No entanto, muitos dos curdos que estão ministrando o treinamento militar eram guerrilheiros do PKK.

    Em VEJA: Yazidis: o êxodo do inferno

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    Represa – O governo americano comunicou nesta segunda-feira que foram realizados quinze ataques aéreos contra posições estratégicas do EI no Iraque. Parte da ofensiva foi concentrada nas forças terroristas que haviam dominado a maior represa do país, localizada ao norte da cidade de Mosul. As Forças Armadas do Curdistão informaram que as suas tropas conseguiram retomar o controle do local no domingo. O EI havia dominado a hidrelétrica no dia 7 de agosto e ameaçava cortar o fornecimento de energia e água ao país.

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    A fim de intensificar a luta contra os terroristas, os EUA também aprovaram novas sanções econômicas contra dois importantes chefes do EI. A determinação foi acordada após o Conselho de Segurança da ONU impor um embargo de armas e congelar bens dos terroristas.

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