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Vítima de violência policial em 1991, Rodney King morre aos 47 anos

Caso de taxista que foi espancado por policiais em Los Angeles foi alvo de julgamento tumultuado na época e mudou polícia local para sempre

Por Da Redação
17 jun 2012, 13h54

A polícia dos Estados Unidos confirmou, neste domingo, a morte de Rodney King, aos 47 anos. Ele foi encontrado morto na piscina de sua casa, de acordo com sua noiva. Segundo a rede de televisão americana CNN, A polícia não cogita a hipótese de crime.

King ficou conhecido após ter sido espancado por policiais de Los Angeles em 1991. A agressão foi filmada e as imagens acabaram rodando o mundo. O incidente gerou tensão entre a comunidade negra local e a polícia, levantanto diversas denúncias de atos de racismo que teriam sido cometidos pelos policiais.

O rapaz, que na época tinha 25 anos e era taxista, estava em liberdade condicional após ter efetuado um roubo em abril daquele ano. Em entrevista à CNN no ano passado, ele relembrou o caso. “Sempre haverá algum tipo de racismo. Mas cabe a nós como indivíduos neste país olhar para trás e ver todas as conquistas até agora”, disse.

Na ocasião, King disse que estava bebendo com amigos e foi dirigindo para casa. Ao perceber que um carro de polícia o estava seguindo, ele entrou em pânico por acreditar que seria mandado de volta para a prisão, então, tentou fugir. “Eu sabia que estava em condicional e não deveria estar bebendo”, disse.

Ao perceber que ele não conseguiria despistar o carro da polícia, King decidiu parar o carro próximo a um conjunto de apartamentos. “Eu pensei: ‘se algo acontecer, alguém vai ver'”, disse. Foi aí que um câmera amador registrou a cena: sete policiais bateram mais de 50 vezes em King com seus cacetetes e usaram uma arma de choque contra ele. King depois disse que os policias que lhe bateram o ameaçaram de morte e usaram gírias racistas. Ele quase morreu.

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King foi levado a um hospital e operado por três médicos, em uma cirurgia que durou cinco horas. O vídeo do espancamento foi mostrado na televisão dois dias depois, quando os policiais foram acusados de racismo. Quatro deles foram julgados, mas absolvidos em primeira instância.

O resultado do julgamento gerou tanta revolta na população negra local que deu origem a uma onda de violência em Los Angeles, que ficou conhecida como “Los Angeles Riots”, na qual morreram mais de 50 pessoas. Em seu primeiro pronunciamento durante a onda de violência, King pediu paz. “Eu só quero falar uma coisa: nós podemos nos dar bem? Vamos nos dar bem?”, disse.

Um segundo julgamento condenou os policiais Laurence Powell e Stacey Koon por agressão com arma mortal e uso excessivo de força por policiais.

(Com agência France-Presse)

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