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Vice-presidente dos EUA reforçará reunião do Grupo de Lima em Bogotá

Mike Pence deve se encontrar com presidente colombiano, Ivan Duque, e com famílias de refugiados venezuelanos

Por Da redação
Atualizado em 21 fev 2019, 16h28 - Publicado em 21 fev 2019, 16h16

Em um sinal de maior afinamento de posições entre o Grupo de Lima e os Estados Unidos, a Casa Branca enviará o vice-presidente americano, Mike Pence, para o terceiro encontro de chanceleres desse fórum neste ano, em Bogotá, Colômbia, na segunda-feira, 25. Pence trará de Washington um ultimato ao presidente venezuelano e a expectativa de união de forças em prol da renúncia de Nicolás Maduro.

O encontro em Bogotá se dará no momento em que Maduro determinou o fechamento dos três pontos da fronteira pelos quais ingressariam os carregamentos de ajuda humanitária internacional. Nesta quinta-feira, ele ordenou o bloqueio da divisa com Roraima, no Brasil. Antes, já havia fechado os acessos pela Colômbia e pelas ilhas holandesas do Caribe.

“O vice-presidente vai declarar claramente que chegou a hora de Nicolás Maduro se afastar”, afirmou a assessoria de Pence em um comunicado divulgado nesta quinta-feira. “A batalha na Venezuela é entre a ditadura e a democracia, e a liberdade está no seu momento”, afirmou Alyssa Farah, secretária de imprensa do vice-presidente.

Mike Pence também deve se encontrar com o presidente da Colômbia, Iván Duque, durante sua visita. O colombiano reuniu-se na Casa Branca com o líder americano, Donald Trump, na semana passada para discutir a crise na Venezuela e questões bilaterais.

O vice dos Estados Unidos terá ainda encontros com famílias de refugiados venezuelanos na Colômbia.

“Os Estados Unidos se orgulham de unirem-se ao Grupo Lima e a outros parceiros globais para mobilizar nossos recursos, fornecer ajuda humanitária muito necessária e estar ao lado do povo da Venezuela até que a democracia e a liberdade sejam totalmente restauradas”, completou Farah.

Os Estados Unidos lideram a pressão internacional contra Nicolás Maduro, com sanções aplicadas contra integrantes do alto escalão do governo chavista e a petrolífera estatal PDVSA, a principal fonte de receitas do país.

A crise política venezuelana se agravou em janeiro, quando Maduro tomou posse para um novo mandato de seis anos, após ter vencido eleições questionadas pela oposição e pela comunidade internacional. O líder da Assembleia Nacional, Juan Guaidó, autoproclamou-se presidente interino do país e foi reconhecido pelos Estados Unidos, Brasil, Colômbia e outros 50 países.

Há algumas semanas, o líder chavista vem bloqueando a entrada das doações enviadas pelos Estados Unidos e outros países para minimizar a crise humanitária vivida pelos venezuelanos. Maduro afirma que as ajudas são um “presente podre” que carrega o “veneno da humilhação”, apesar de reconhecer as dificuldades que a Venezuela atravessa.

Um dia antes de anunciar o fechamento da fronteira da Venezuela com o Brasil, em Roraima, a Força Armada Nacional Bolivariana (FANB) deslocara militares e blindados para Santa Helena de Uairén, a 15 quilômetros de Pacaraima. Caminhões carregando tanques passaram diante da fronteira com o Brasil, conforme postou no Twitter o deputado oposicionista Américo De Grazia.

Questionado sobre essa movimentação da FANB na fronteira com o Brasil, o Itamaraty ainda não se pronunciou.

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Grupo de Lima

Criado em 2017 como mecanismo regional de pressão pela redemocratização da Venezuela, o Grupo de Lima foi o primeiro fórum internacional a considerar ilegítimo o mandato de Maduro iniciado em 10 de janeiro e a reconhecer Guaidó.

No momento de sua criação, o bloco tinha 14 países: Argentina, Brasil, Canadá, Chile, Colômbia, Costa Rica, Guatemala, Honduras, México, Panamá, Paraguai, Peru, Guiana e Santa Lúcia.

No entanto, na última reunião do grupo, em 4 de fevereiro, o México não enviou nenhum representante para o encontro, concretizando assim um afastamento que começou desde a posse de Andrés Manuel López Obrador, o novo presidente do país, em dezembro.

Em seu último encontro, o bloco concordou com o bloqueio de transações financeiras e comerciais do regime de Caracas e em evitar o acesso de Maduro aos recursos da Venezuela no exterior e a novos contratos envolvendo petróleo, ouro e outros ativos. Pompeo participou daquela reunião, sediada em Otawa, no Canadá, por teleconferência.

(Com EFE e AFP)

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