Vice-presidente do Parlamento do Mercosul é barrado
Paraguaio tentou entrar em reunião apesar de suspensão do país no bloco
O vice-presidente do Parlamento do Mercosul, o paraguaio Ignacio Mendoza Unzaín, foi impedido de entrar nas reuniões do Parlasur na quinta-feira, em Mendoza, onde acontece paralelamente a Cúpula do Mercosul. A cena pode voltar a se repetir após a reunião que os presidentes do Mercosul terão nesta sexta-feira, quando assinarão um documento para ampliar a atual suspensão do Paraguai das reuniões do bloco regional e de seu processo decisório.
Unzaín reagiu falando alto e reclamou diante da imprensa. Ele tentou entrar nas reuniões apesar de seu país ter sido suspenso desde o domingo passado, como punição pelo impeachment de Fernando Lugo, o que os outros membros do Mercosul consideram uma ‘violação à democracia’.
Antes de Uzaín, na segunda-feira, o novo governo de Federico Franco também enviou sua delegação para tentar furar o esquema de segurança da Cúpula do Mercosul e participar das reuniões preparatórias. Porém, os funcionários não puderam entrar.
Diplomacia – A partir de agora, o governo de Franco terá de se acostumar a ser barrado nas reuniões do Mercosul e, provavelmente, da Unasul também. Logo após a Cúpula dos Presidentes, que acontece hoje, os 12 países da Unasul vão se reunir, a partir de 15h30, para anunciar sanções ao Paraguai. Na quinta-feira, os chanceleres do Mercosul aconselharam seus presidentes a suspender o Paraguai do bloco, sem, contudo, aplicar sanções econômicas.
Os presidentes também devem anunciar nesta sexta-feira a criação de uma comissão formada por chanceleres para investigar o processo de destituição de Lugo e analisar as implicâncias legais de manter o Paraguai suspenso do bloco até agosto de 2013. O chanceler brasileiro, Antonio Patriota, explicou que a comissão será um grupo de trabalho liderado pelos chanceleres. A Unasul também deve fazer parte desse grupo.
(Com Agência Estado)