Durante o terceiro e penúltimo dia da convenção do Partido Republicano, o vice-presidente dos Estados Unidos, Mike Pence, usou seu discurso para atacar e afirmar que o candidato democrata Joe Biden é um “Cavalo de Tróia da esquerda radical”. Pence profetizou aos espectadores que se o presidente Donald Trump for derrotado nas urnas, os eleitores “não estarão a salvo”.
Pence advertiu que nestas eleições “estão em jogo a lei e a ordem”, repetindo um mantra que ecoou por toda a convenção. Os republicanos afirmaram que um país governado por Biden sucumbiria ao caos e à desordem.
“Não se trata de saber se o país será republicano ou democrata. A eleição é se os Estados Unidos continuarão sendo Estados Unidos”, afirmou Pence. Outros republicanos também fizeram advertências sobre a segurança durante a terceira noite da convenção e destacaram Trump como um defensor da “lei e da ordem”.
“De Seattle a Portland, e de Washington e Nova York, as cidades governadas pelos democratas estão sendo invadidas por violentas turbas. A violência está desenfreada”, declarou a governadora da Dakota do Sul, Kristi Noem.
ASSINE VEJA
Clique e AssineOs Estados Unidos foram chacoalhados pelos maiores protestos antirracistas do país desde 1968 com a morte do afrodescendente George Floyd que, rendido e sem oferecer resistência, foi asfixiado por um policial branco.
Na semana passada, um novo episódio de violência policial reacendeu as manifestações. Um homem negro de Winsconsin levou sete tiros pelas costas, na frente de três crianças, pela polícia. O episódio levou a mais protestos no estado e dois manifestantes morreram durante um dos atos. O atirador foi preso.
O vice-presidente também apelou para o voto ideológico, com base nas crenças religiosas conservadoras e motivado por temas como a oposição ao aborto. Pence também ressaltou que o governo Trump nomeou “mais de 200 juízes conservadores” e cumpriu sua promessa de defender o direito à vida.
Pence, também responsável por coordenar a resposta da Casa Branca à pandemia de Covid-19, defendeu a ação do governo para frear a crise econômica e sanitária, apesar dos números ultrapassarem os 178.000 mortos e os cinco milhões de infectados.