O número de mortos na explosão da refinaria Amuay, a maior da Venezuela, foi reduzido nesta segunda-feira de 48 para 41 por Stella Lugo, governadora do estado de Falcón, onde ocorreu o acidente no último sábado. A própria governadora havia aumentado a quantidade de vítimas para 48 pela manhã, mas retificou a contagem.
“Tinham me passado um boletim na manhã de hoje (segunda-feira) e disse aos ouvintes da Unión Radio que eu o revisaria. Quando cheguei (ao hospital) e revisei com (a ministra da Saúde, Eugenia) Sader, havia algumas pessoas duplicadas, além de pessoas tidas como falecidas, mas que não faleceram”, explicou a governadora.
Segundo Lugo, 31 pessoas ainda permaneciam internadas em hospitais de Punto Fijo e Maracaibo com diferentes graus de gravidade, embora todas estejam “estáveis”. Cerca de 150 ficaram feridas na explosão, causada por um vazamento de gás e que deu origem a um incêndio ainda não controlado.
Governo – O governo venezuelano não emite um boletim oficial de vítimas desde a noite de sábado, quando calculou 39 mortos e pelo menos 86 feridos. Localizada no Centro de Refino de Paraguaná, a refinaria Amuay é de propriedade da PDVSA, a estatal venezuelana de petróleo.
O fogo atingiu inicialmente nove tanques de combustível e destruiu casas próximas. Até a noite desta segunda, restavam dois tanques em chamas, um deles com o fogo descontrolado. “Todo esforço de resfriamento e extinção está concentrado nesse tanque”, declarou o ministro de Energia e Petróleo, Rafael Ramírez.
A explosão em Amuay foi o pior acidente da indústria do petróleo venezuelano nos últimos 30 anos e o sétimo ocorrido nos últimos meses no Centro de Refino de Paraguaná. Sindicatos petroleiros, que apoiam a oposição ao governo de Hugo Chávez, atribuem os acidentes à falta de manutenção das usinas e à demissão, em 2003, de 20.000 trabalhadores que participaram de uma uma greve contra Chávez.
(Com agência EFE)