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Venezuela inicia auditoria; Capriles pedirá nova impugnação

Candidato derrotado, o líder da oposição apresenta nesta terça no Judiciário novo recurso com mais provas da fraude eleitoral que elegeu Nicolás Maduro

Por Da Redação
7 Maio 2013, 04h34

Depois de vários adiamentos, a auditoria das eleições presidenciais venezuelanas, que abrange as urnas não revisadas no pleito de 14 de abril, foi iniciada na prática nesta segunda-feira pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) com a bênção do governo chavista de Nicolás Maduro. O processo, é claro, não leva em conta os pedidos da oposição, que exigiu o cruzamento de dados das atas e do registro eleitoral, além da revisão dos cadernos de votação com as assinaturas dos eleitores – onde, segundo a campanha do candidato derrotado Henrique Capriles, estão as evidências da fraude eleitoral denunciada.

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Segundo fontes governistas ligadas ao processo, a “revisão técnica das atas” ocorre sem o registro de “inconsistências” até o momento, informou à estatal Agência Venezuelana de Notícias (AVN) um dos representantes no processo do governista Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), José Villarroel. Segundo ele, nas primeiras 150 caixas de comprovantes revisadas pela manhã não foram encontradas inconsistências e “não faltou nenhum comprovante de voto”.

A auditoria em questão está sendo realizada por 60 técnicos do Conselho Nacional Eleitoral, 21 auditores externos, 15 técnicos do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV) e outros seis de outros partidos, com exceção da aliança opositora Mesa da Unidade Democrática (MUD), liderada pelo ex-candidato presidencial Henrique Capriles. A revisão, promete o CNE, será feita em amostras aleatórias dos 46% das urnas que não passaram pela auditoria de rotina realizada no próprio dia da eleição. No total, a medida deverá revisar no prazo de 30 dias 10.500 caixas de resguardo, como são chamadas as urnas onde são depositados os comprovantes de voto em papel.

A realização da auditoria complementar foi decidida após a oposição venezuelana pressionar pela recontagem dos votos. A campanha de Capriles não aceitou os resultados eleitorais que deram vitória ao governista Nicolás Maduro com pouco mais 225.000 votos (1,5 ponto percentual) de vantagem. No entanto, a oposição rejeitou a forma como o governo decidiu conduzir a auditoria, considerada “fajuta” por desconsiderar a revisão dos cadernos eleitorais. Se isso fosse feito, alega Capriles, seriam comprovadas mais de 3.500 irregularidades no processo, entre elas milhares de eleitores mortos sendo contabilizados.

Impugnação – Na quinta-feira passada, Henrique Capriles decidiu pedir a impugnação das eleições perante o Tribunal Supremo de Justiça (TSJ). Nesta segunda, ele anunciou que nesta terça vai encaminhar ao mesmo órgão um novo recurso de impuganção com novas provas de irregularidades.

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Apesar de cumprir os procedimentos judiciais para anular a contestada eleição, Henrique Capriles afirma não ter esperança de ver uma decisão favorável, uma vez que o Judiciário e o poder eleitoral na Venezuela não são independentes do governo. No grupo de juízes responsável pelo julgamento de matéria elelitoral no TSJ, por exemplo, o líder oposicionista aponta a existência de ao menos dois militantes chavistas ligados ao Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV) e outro magistrado que é parente de um ministro do governo e nem por isso deve se declarar impedido.

Ainda assim, Carpiles garantiu em entrevista nesta segunda-feira que esgotará as vias institucionais porque a luta da oposição é “democrática e pacífica” e a auditoria realizada pelo Conselho Nacional Eleitoral “é uma farsa”.

(Com agência EFE)
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