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Venezuela: governo confisca remédios doados a organização católica

"Alguns medicamentos já venceram, e outros vencem em dezembro", disse a presidente do Cáritas Venezuela

Por Da redação
Atualizado em 24 nov 2016, 18h44 - Publicado em 24 nov 2016, 18h44
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  • A alfândega da Venezuela confiscou um carregamento chileno de remédios doados à organização católica Cáritas, que pretendia distribuí-los em bairros pobres com escassez aguda. As autoridades alegaram que a entidade por não cumpriu os requisitos para a importação.

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    A doação, que inclui 75.000 unidades de medicamentos, além de suplementos alimentares, foi declarada em “abandono legal” na última terça-feira, após o vencimento do prazo de 30 dias para a apresentação da documentação.

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    “Esta mercadoria chegou sem nenhuma permissão, não cumpre os requisitos para a nacionalização”, explicou o serviço alfandegário (Seniat) na sua conta de Twitter. De acordo com o órgão, os medicamentos foram entregues ao Instituto Venezuelano de Seguro Social.

    Data de validade

    A presidente do Cáritas Venezuela, Janeth Márquez, disse nesta quinta-feira que o carregamento chegou ao país em 23 de agosto, mas a organização não teve resposta do Ministério da Saúde sobre as permissões de nacionalização.

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    “Estamos muito tristes, alguns medicamentos já venceram, e outros vencem em dezembro. Esperemos que sejam entregues aos mais necessitados, é o que queriam os nossos irmãos chilenos”, acrescentou.

    Márquez informou que a Cáritas insistirá na obtenção de uma permissão para receber remédios doados do exterior. Segundo a Federação Farmacêutica, a escassez atinge 85% dos medicamentos.

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    “Queremos que a chegada de alimentos e medicamentos seja prioridade na mesa de diálogo (entre o governo e a oposição). Nos prometeram novas doações, mas esperamos pela permissão”, afirmou.

    A Venezuela passa por um crise que se agravou com a queda dos preços do petróleo em 2014, e que se caracteriza por um desabastecimento agudo de alimentos e remédios, além de fortes tensões políticas.

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    Nas negociações iniciadas em 30 de outubro para resolver a situação, a aliança opositora pediu ao governo que seja permitida a entrada dos medicamentos doados à Cáritas.

    Roubo

    Nesta quinta-feira, na sessão do Parlamento, de maioria opositora, o deputado José Manuel Olivares denunciou que o governo “roubou” os remédios enviados do Chile.

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    “Hoje o governo venezuelano rouba ajuda humanitária, a saída para venezuelanos que morrem por falta de medicamentos. Estamos falando de 75.000 unidades de remédios”, disse Olivares.  

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    (Com AFP)

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