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Venezuela desvaloriza bolívar em 37% e eleva preços da gasolina

Para economista, a desvalorização, o aumento da gasolina ou de preços não são as medidas que vão tirar a Venezuela da gravíssima crise econômica em que se encontra

Por Da Redação
18 fev 2016, 07h14
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  • O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou nesta quarta-feira a desvalorização da moeda local, o bolívar, e elevou os preços da gasolina pela primeira vez em quase duas décadas, como parte de uma estratégia para conter o agravamento da crise econômica do país. As medidas, anunciadas por Maduro em um pronunciamento de quatro horas transmitido pelas emissoras de TV, integram um pacote elaborado para ajudar o governo a levantar recursos, num momento em que os preços baixos do petróleo geraram um déficit orçamentário estimado em 20% do Produto Interno Bruto (PIB).

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    “O novo sistema será vantajoso para todos”, declarou Maduro, acrescentando que a receita proveniente das vendas de gasolina será utilizada para custear os programas sociais de seu governo. O presidente da Venezuela afirmou que a receita do país com a venda de petróleo foi de 12,5 bilhões dólares (cerca de 40 bilhões de reais) em 2015, frente aos 37 bilhões de dólares (quase 150 bilhões de reais) que rendeu em 2014, o que representa uma queda de 293,95%. A exportação de petróleo é responsável por financiar mais de 90% da economia venezuelana.

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    A partir desta sexta-feira, a gasolina na Venezuela passará a custar 22 bolívares por galão, ante os atuais 40 centavos de bolívar por galão. Apesar da elevação, o combustível continua a ser vendido por cerca de 0,02 centavos de dólar (0,08 centavos de reais) por galão, pela taxa de câmbio informal comumente utilizada no país.

    Maduro também manteve o sistema de controle câmbio, mas desvalorizou a taxa de câmbio mais forte do bolívar ante o dólar em 37%, a 10 bolívares por dólar. Uma segunda taxa cambial, flutuante, foi estipulada em 203 bolívares por dólar. Para o diretor da Econanalítica, Asdrúbal Oliveros, “uma desvalorização, o aumento da gasolina ou de preços não são as medidas que vão tirar a Venezuela da crise. Isso requer muito mais”, advertiu. Maduro, por exemplo, não desfez o complicado sistema de controle de preços, que vem provocando falta crônica de itens básicos de consumo.

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    O Fundo Monetário Internacional (FMI) prevê que o PIB da Venezuela irá encolher 8% este ano e que a inflação doméstica chegará a 720%. O ajuste da gasolina e a desvalorização cambial, que tornará as importações mais caras em moeda local, provavelmente alimentarão ainda mais a inflação.

    (Da redação)

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