Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Uso de força militar para depor Maduro ainda é uma opção, diz Guaidó

Líder da oposição também não descartou a formação de um governo transitório das Forças Armadas, desde que fossem garantidas eleições rápidas

Por Da Redação
26 jun 2019, 15h52

O autoproclamado presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó, afirmou nesta quarta-feira, 26, que ainda considera usar força militar para dar fim à crise política no país sul-americano.

Em uma ocasião anterior, Guaidó admitira ter “superestimado” o apoio de militares dissidentes do regime. Mas hoje voltou a afirmar que eles podem ser necessários caso o ditador Nicolás Maduro “continue matando manifestantes”.

O presidente da Assembleia Nacional ainda disse à BBC que um governo militar de transição não é uma opção a ser descartada, com a condição de que sejam garantidas eleições democráticas posteriores.

“Existem três opções para resolver o conflito na Venezuela: uma eleição, depois do fim da usurpação, que queremos agora; uma transição ‘sui generis’ como a de 1958, em que o ditador (Marcos Pérez Gimenez) foi retirado do poder, e os militares comandaram o país por nove meses para realizar uma eleição realmente livre; e existe a terceira opção, do uso de força, que não precisa ser internacional”, enumerou.

Continua após a publicidade

“Algumas pessoas na liderança da oposição conversam sobre essa opção (a militar), e nós entendemos o porque, já que elas sentem que todas as outras opções foram esgotadas. Eles já tentaram votar, não fizeram parte da farsa (eleições) de maio do ano passado e agora que nós tomamos as ruas, 171 pessoas foram mortas protestando por seus direitos na Venezuela. Então eles pensam que essa é a única opção disponível. E realmente é uma, mas não a única”, defendeu o oposicionista.

 

Guaidó é reconhecido como líder interino da Venezuela por mais de 50 países, incluindo os Estados Unidos e o Brasil. Ele tentou organizar um levante militar contra Maduro em abril, mas esbarrou na lealdade da maioria dos militares de alto escalão e em aliados importantes do regime, como China e Rússia.

Apesar do fracasso, o venezuelano diz acreditar que não “perdeu o momento” para acabar com o regime. “A mudança não ‘perde o momento’. O desejo de viver com dignidade não ‘perde o momento’.”

A situação da Venezuela deve ser tópico de discussões de líderes do G20, nas reuniões nos próximos dias 28 e 29. O governo brasileiro está tentando agendar um encontro do presidente, Jair Bolsonaro, com outros líderes das maiores economias do mundo para tratar da crise.

Continua após a publicidade

Em princípio, o Planalto pretende engajar o primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, como copatrocinador da reunião. Brasil, Canadá e Argentina fazem parte do Grupo de Lima, criado em 2017 para lidar com a Venezuela e apoiador unânime de Guaidó.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.