Único pré-candidato latino, Julián Castro desiste de corrida à Casa Branca
Defensor de políticas progressista e neto de imigrante mexicano, democrata não conseguiu alavancar as intenções de votos
O ex-prefeito da cidade de San Antonio, no Texas, e único pré-candidato latino à presidência dos Estados Unidos, o democrata Julian Castro, anunciou sua desistência da campanha eleitoral de 2020. “Decidi que simplesmente não é o nosso momento”, disse em um vídeo divulgado nesta quinta-feira, 2. Com a decisão de Castro, restam agora catorze candidatos democratas que almejam vencer Trump no pleito do segundo semestre de 2020.
Até o momento, as pesquisas colocam o ex-vice-presidente Joe Biden como o favorito para conseguir a indicação democrata, seguido pelos senadores Bernie Sanders e Elizabeth Warren e pelo o prefeito de South Bend, Indiana, Pete Buttigieg, único a apresentar-se abertamente como homossexual.
Castro, de 45 anos, foi secretário de Habitação no governo de Barack Obama e havia se colocado na ala progressista do Partido Democrata. Durante a campanha, sempre destacou sua origem humilde e seus laços com o México, de onde emigrou seu avô aos Estados Unidos.
Apesar da origem e das promessas de políticas progressistas, que o colocam como opositor direto ao presidente, Donald Trump, em questões como imigração, Castro não conseguia alavancar nas intenções de voto para as primárias do Partido Democrata. O ex-secretário sempre beirou os 2% nos levantamentos. A campanha do ex-secretário também tinha problemas em arrecadar doações em dinheiro para se manter.
“Ainda não terminei de lutar. Continuarei trabalhando para uma nação onde todos contam, uma nação em que todos podem ter um bom emprego, boa assistência médica e um lugar decente para morar”, acrescentou.
A desistência de Castro corre a pouco mais de um mês para o início do processo das eleições primárias do Partido Democrata – cada Estado ou território americano vota em uma data separada, sendo Iowa o primeiro, no dia 3 de fevereiro, e as Ilhas Virgens as últimas, em 6 de junho.
(Com EFE)