A União Europeia (UE), dividida e atingida pela crise econômica, recebeu nesta segunda-feira em Oslo o Prêmio Nobel da Paz por ter contribuído para transformar “um continente em guerra em um continente em paz”. O evento contou com a presença de quase 20 chefes de estado e de governo, entre eles o presidente francês, François Hollande, e a chanceler alemã, Angela Merkel.
O presidente do comitê Nobel, Thorbjoern Jagland, pediu à UE que “siga adiante” apesar da crise. “Conservar o que se conseguiu até agora e melhorar o que foi criado para resolver os problemas que ameaçam hoje a comunidade europeia é a única maneira de solucionar os problemas da crise financeira”, disse o presidente do comitê.
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O norueguês Jagland, conhecido por seu europeísmo em um país tradicionalmente cético com o bloco, entregou o prestigiado prêmio aos representantes das três principais instituições da UE, os presidentes do Conselho (Herman Van Rompuy), da Comissão (José Manuel Barroso) e do Parlamento (Martin Schulz). Em seu discurso, introduziu simbolicamente palavras em outros idiomas para ilustrar a diversidade europeia.
“Não estamos hoje aqui reunidos com a convicção de que a UE é perfeita. Mas temos a convicção de que temos que resolver nossos problemas juntos”, disse Jagland. “Juntos temos que fazer todo o possível para não perder o que construímos sobre as ruínas de duas guerras mundiais”, acrescentou, lembrando das “80 milhões de pessoas” que foram vítimas do extremismo no passado.
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(Com agência France-Presse)
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