Bruxelas, 30 jan (EFE).- Os líderes da União Europeia (UE) decidiram nesta segunda-feira destinar os fundos estruturais disponíveis do bloco para apoiar programas de fomento do emprego juvenil, além de beneficiar pequenas e médias empresas, proposta que busca associar o ajuste fiscal ao crescimento econômico e à criação de emprego.
A aprovação do texto – na cúpula extraordinária realizada nesta segunda-feira em Bruxelas – foi anunciada nesta segunda-feira no Twitter pelo presidente do Conselho Europeu, Herman van Rompuy.
O texto propõe destinar os fundos disponíveis a ‘mecanismos de apoio em grande escala para que os jovens possam trabalhar ou ter acesso a formação’, além de elaborar ‘planos nacionais de emprego’ – cuja execução será supervisionada de Bruxelas – reduzir a segmentação dos mercados de trabalho e diminuir os impostos trabalhistas.
A declaração – a primeira centrada exclusivamente na grave situação do emprego na UE – reconhece a existência de 23 milhões de desempregados no bloco atualmente e adverte que a taxa de desemprego ‘continuará alta’ caso não melhore o ritmo de crescimento econômico.
O texto enfatiza a necessidade de resolver o problema do desemprego juvenil, que na Espanha afeta quase metade dos menores de 25 anos, maior taxa dentre os 27 países-membros da UE.
Em particular, a declaração pede a promoção dos programas de bolsas de estudos, estágios e intercâmbios no exterior, de modo que essas iniciativas representem ‘oportunidades reais para os jovens’.
O objetivo é que todo jovem europeu que concluir sua formação disponha – num prazo máximo de quatro meses – de uma ‘oferta de boa qualidade’ para trabalhar, continuar sua formação, realizar estágios ou programas de capacitação.
A proposta do bloco também busca destinar ajudas do Banco Europeu de Investimentos (BEI) e dos fundos estruturais às pequenas e médias empresas, além de reduzir a burocracia e os trâmites legais para as mesmas. EFE