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Ucrânia prende político da oposição aliado próximo de Putin

Viktor Medvedchuk estava foragido desde fevereiro e era cotado para assumir um eventual governo caso Kiev caísse

Por Matheus Deccache 12 abr 2022, 19h34

O governo da Ucrânia anunciou nesta terça-feira (12) a captura de Viktor Medvedchuk, considerado o principal aliado político do presidente russo, Vladimir Putin, no país. Ele estava foragido desde fevereiro, quando escapou de prisão domiciliar.

Deputado e líder do partido da oposição mais proeminente, o magnata estava cotado para assumir um eventual novo governo caso as tropas russas conseguissem derrubar Kiev. A sua proximidade com o presidente russo também é notória, à medida que sua filha é afilhada de Putin.

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Em publicação nas redes sociais, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, divulgo a foto do político algemado e vestido com um uniforme do Exército da Ucrânia. O chefe da agência de segurança, Ivan Bakanov, disse que os agentes realizaram uma “operação especial de vários níveis, rápida e perigosa, para deter” o deputado “amigo da Rússia”. 

Líder da oposição ao governo da Ucrânia e aliado próximo de Putin, Viktor Medvedchuk foi detido pelo exército ucraniano nesta terça, 12
Líder da oposição ao governo da Ucrânia e aliado próximo de Putin, Viktor Medvedchuk foi detido pelo Exército ucraniano nesta terça, 12 (Governo da Ucrânia/Reprodução)

“Uma operação especial foi realizada pelo Serviço de Segurança da Ucrânia. Bom trabalho!”, escreveu Zelensky em sua conta no Telegram.

Por meio do mesmo aplicativo, o governo emitiu um comunicado dizendo que “nenhum traidor escapará da punição e todos serão responsabilizados sob a lei da Ucrânia”.

Medvedchuk, de 67 anos, estava em prisão domiciliar desde o ano passado, quando foi acusado de traição por tentar roubar recursos naturais da Crimeia, anexada pela Rússia em 2014, e de entregar segredos militares para o Kremlin. 

Visto com o principal representante dos interesses de Moscou na Ucrânia, ele chegou a ser incluído em 2014 na lista de sanções do governo dos Estados Unidos pelo suposto envolvimento na anexação da Crimeia.

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Apesar disso, ele retornou ao Parlamento em 2018 como líder da principal força contrária a Zelensky no legislativo, a Plataforma de Oposição – Pela Vida. Mais tarde, em 2021, ele e sua esposa, Oksana, foram acusados de financiar milícias separatistas no leste ucraniano, em Donetsk e Luhansk, e receberam ordens de prisão domiciliar pelo crime de traição. 

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De acordo com autoridades da Ucrânia, o magnata negou todas as acusações e aproveitou a invasão russa para fugir já no primeiro dia, em 24 de fevereiro. A polícia notou sua ausência dois dias depois, quando anunciou que ele estava foragido. 

O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, não se pronunciou sobre o assunto, se limitando a dizer que “há muitas falsificações vindo da Ucrânia e que isso precisa ser verificado”. No entanto, relatos apontam que a repressão de Medvedchuk causou ira em Putin e em todo o governo russo, que prometeu uma resposta ao que chamou de perseguição política.

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