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Ucrânia acusa rebeldes pró-Rússia de remover corpos e ocultar provas

Segundo Kiev, 38 corpos foram levados em um caminhão para a cidade de Donetsk

Por Da Redação
19 jul 2014, 09h54

O governo da Ucrânia afirmou neste sábado que os rebeldes pró-Rússia, que controlam a região onde o voo MH17 da Malaysia Airlines – com quase 300 pessoas a bordo – foi derrubado por um míssil na última quinta-feira, removeram 38 corpos do local do incidente. “Milicianos armados afastaram as equipes de resgate e os deixaram sem meios de comunicação. Levaram os corpos em um caminhão. De acordo com os milicianos, os corpos serão levados para a cidade de Donetsk”, informou uma fonte do governo da região onde aconteceu o acidente, citada pela imprensa ucraniana.

O governo ucraniano disparou também contra a Rússia e acusou o país vizinho de ajudar aos separatistas “a destruir as provas de um crime internacional”. “Nos dirigimos à comunidade internacional e exigimos que a Rússia retire seus terroristas, para permitir que analistas ucranianos e internacionais investiguem as circunstâncias da tragédia”, diz comunicado do governo ucraniano. Kiev também afirmou que as caixas pretas não foram enviadas às autoridades para análise.

Participantes dos trabalhos de busca resgataram até agora 186 corpos de uma área de 25 metros quadrados no leste da Ucrânia, atualmente controlada pelos rebeldes. O governo ucraniano montou em Kharkiv um centro de gestão da crise, e os separatistas fizeram o mesmo em Mariupol, uma das cidades ao leste do país que estão sob seu domínio.

“Ainda não está claro se os corpos foram recolhidos ou recuperados”, disse Andriy Lysenko, porta-voz do Conselho de Defesa e Segurança Nacional. “Há trabalhadores do serviço federal de emergências no local. Mas eles não têm liberdade de movimento. Eles não são autorizados a deixar a zona (sob o controle dos rebeldes). Os terroristas estão pegando todas as evidências que eles coletam”, contou Lysenko.

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Kiev acusou os pró-russos de impedir que as autoridades competentes da Ucrânia iniciem a investigação. “Além disso, os terroristas buscam transporte de grande envergadura para transferir os restos do avião à Rússia”, denunciou o gabinete de ministros ucraniano.

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O Executivo ucraniano advertiu aos separatistas e a Moscou das consequências que deverão enfrentar após a violação do local do acidente. Além dos corpos, Kiev acusa os milicianos de roubar joias e cartões de crédito das vítimas. “Não haverá perdão para os criminosos internacionais, nem para aqueles que apoiam esses terroristas, que os treinaram, financiaram e forneceram armas”, diz a nota.

O governo ucraniano e os rebeldes se acusam pela derrubada do avião malaio desde pouco depois da divulgação da tragédia. Kiev, além disso, acusou o governo russo de estar envolvido no ataque.

O ministro russo de Relações Exteriores, Sergei Lavrov, negou as acusações da Ucrânia e acusou o governo de Kiev de mentir para exercer pressão sobre a investigação. O governo dos Estados Unidos também aponta milicianos e Moscou como responsáveis pela catástrofe.

(Com EFE)

Local da queda do avião na Ucrânia

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