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Turquia e Israel em crise diplomática após mortes em Gaza

Ao menos 60 palestinos foram mortos em protestos na Faixa de Gaza; Erdogan acusa Netanyahu de ter as mãos sujas de sangue

Por Da Redação
Atualizado em 15 Maio 2018, 17h59 - Publicado em 15 Maio 2018, 16h46
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  • Turquia e Israel entraram em crise diplomática nesta terça-feira por causa da morte de 60 palestinos durante manifestações na fronteira da Faixa de Gaza. O presidente turco, Tayyip Erdogan, expulsou o embaixador de Israel. O primeiro-ministro israelense, Benyamin Netanyahu, reagiu com a expulsão do cônsul-geral da Turquia em Jerusalém.

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    A Turquia tornou-se um dos mais contundentes críticos da reação violente de Israel aos protestos em Gaza e da transferência da embaixada dos Estados Unidos para Jerusalém. Na última sexta-feira (11) já havia convocado a Ancara seus embaixadores em Tel Aviv e Washington e pedido uma reunião de emergência das nações islâmicas para tratar do reconhecimento americano a jerusalém como capital de Israel.

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    O presidente Erdogan descreveu os episódios de violência de segunda-feira, os mais mortíferos para os palestinos desde o conflito de 2014 em Gaza, como “genocídio” e classificou Israel como um “Estado terrorista”. O governo decretou três dias de luto.

    De Londres, onde faz visita oficial ao Reino Unido, Erdogan valeu-se do Twitter para acusar  Netanyahu de “ter sangue de palestinos em suas mãos”. O primeiro-ministro israelense rebateu em tuíte que “Erdogan está entre os maiores apoiadores do Hamas, e não há dúvidas de que ele compreende bem o terrorismo e a mortandade”. “Sugiro que ele não ensine moralidade para nós.”

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    Segundo fonte do Ministério das Relações Exteriores turco, o embaixador israelense, Eitan Naeh, tomou conhecimento das decisões de Ancara e “foi informado de que seria apropriado ele voltar ao seu país por algum tempo”.

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    O porta-voz do governo turco, Bekir Bozdag, explicou ao Parlamento, nesta terça-feira, que a Turquia considera os Estados Unidos responsáveis pelo derramamento de sangue de segunda-feira. Ergogan está em Londres em visita oficial ao Reino Unido.

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    “O sangue de palestinos inocentes está nas mãos dos Estados Unidos. Os Estados Unidos são parte do problema, não da solução”, disse.

    As relações entre Ancara e Washington, dois aliados da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), se tensionaram muito devido à transferência da embaixada, a desentendimentos sobre mobilizações militares no norte da Síria e a processos contra cidadãos turcos e norte-americanos em tribunais dos respectivos países.

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    Houve manifestações contra Israel em Istambul e em Ancara. Erdogan, que está fazendo campanha para as eleições parlamentares e presidencial do mês que vem, disse que uma manifestação será realizada na sexta-feira em protesto contra as mortes. Ele é candidato a presidente.

    A causa palestina ecoa entre muitos turcos, incluindo os eleitores nacionalistas e religiosos que foram a base de apoio de Erdogan.

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    Bozdag disse ao Parlamento que a manifestação em planejamento em Istambul “mostrará mais uma vez que o povo turco não ficará em silêncio diante da injustiça e da crueldade, que defende as vítimas diante dos cruéis”.

    O primeiro-ministro, Binali Yildirim, também disse que países muçulmanos deveriam rever seus laços com Israel após os episódios de violência de segunda-feira.

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    (Com Reuters)

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