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Trump reaparece em evento de conservadores e fala em união de Republicanos

Ex-presidente americano nega que teria intenções de fundar novo partido e critica Biden; polêmica do evento ficou por conta de palco com símbolos nazistas

Por Josette Goulart Atualizado em 28 fev 2021, 22h53 - Publicado em 28 fev 2021, 21h33

Calado pelas redes sociais e depois de pouco mais de um mês de ter deixado o cargo de presidente dos Estados Unidos, Donald J. Trump reapareceu neste domingo, 28,  discursando sobre  união dos Republicanos e dando a entender que têm pretensões eleitorais em 2024. Ele falou por 90 minutos em um seminário de conservadores chamado Conservative Political Action Conference, ou apenas  CPAC, que tem sua versão brasileira liderada pelo deputado federal Eduardo Bolsonaro. Trump foi pessoalmente ao evento que reuniu um grupo grande de pessoas aglomeradas em um salão de um hotel na Flórida, todos trumpistas fervorosos. Quase ninguém usava máscaras, apesar da pandemia do coronavírus e as recomendações do governo americano. Mas o que causou polêmica mesmo no evento foi o design do palco, que viralizou nas redes sociais por trazer a lembrança de um símbolo nazista conhecido como Runa de Odal. A organização do evento nega que tenha tido intenção de reproduzir símbolos nazistas, mas as referências nas redes levou a rede Hyatt de hotéis, que abrigou o evento, a declarar neste domingo que leva muito a sério a preocupação de que símbolos de ódios estavam no palco no CPAC 2021. “Pois todos esses símbolos são abomináveis ​​e inequivocamente contrários aos nossos valores como empresa”, disse o Hyatt, em comunicado. 

Mas Trump estava alheio a esta polêmica. O ex-presidente começou seu discurso com “Olá CPAC, você sentiu a minha falta?”, para delírio dos participantes da conferência. 

https://twitter.com/CPAC/status/1366150889388601344?s=20

Ele discursou algumas mesmices como a alegada fraude eleitoral americana, que foi rejeitada inclusive por juízes que ele nomeou e pelo próprio procurador geral, também nomeado por ele. De qualquer forma, ele deixou claro que tem intenções de voltar.  “Faremos o que fizemos desde o início, que é vencer”, disse Trump. “Estou hoje diante de vocês para declarar que a incrível jornada que começamos juntos há quatro anos está longe de terminar”.

Trump também disse que era fake news de quem disse que ele estava fundando um novo partido, pois isso significaria uma divisão e tornaria qualquer disputa eleitoral muito mais difícil. E afirmou que o partido está unido: “A única divisão é entre um punhado de hacks políticos do establishment de Washington DC e todo mundo em todo o país”.

Os ataques ao atual presidente, o democrata Joe Biden, também estiveram presentes no discurso. Trump disse que Biden fez o pior primeiro mês de governo da história. Ele também criticou as mudanças nas regras imigratórias e na forma como Biden está lidando com os chineses. A propósito, a política de Biden neste quesito é bastante parecida com a política estabelecida por Trump. Também criticou o fechamento de escolas, ignorando que ele mesmo tomou tais medidas quando estava na Casa Branca.

Como lembra o jornal The New York Times, embora grande parte da base do Partido Republicano continue devotada ao ex-presidente, ele é visto de forma menos favorável por alguns republicanos por causa de sua recusa em aceitar a derrota e seu papel no incitamento do motim no Capitólio no início de janeiro. Tão pouco tempo depois da invasão do Capitólio, em que ele é acusado de ter sido instigador, Trump afirmou que os democratas “acabaram de perder a Casa Branca”. “Posso até decidir vencê-los pela terceira vez”.

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