O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, decretou nesta quinta-feira, 12, a proibição de qualquer transação financeira para empresas associadas às Forças Armadas da China.
“A China está explorando cada vez mais o capital dos Estados Unidos para obter recursos e permitir o desenvolvimento e a modernização de seus aparelhos militares, de inteligência e outros aparelhos de segurança”, justificou o presidente no decreto.
Trump destacou o “desenvolvimento e implementação de armas de destruição em massa” e “ações cibernéticas maliciosas”.
O decreto também proíbe que investidores americanos tenham ações ou bens que estejam expostos a estas firmas, destacando que investidores têm até novembro de 2021 para se desvincular de tais empresas.
Entre as 31 empresas atingidas pelo decreto, a princípio, está a Huawei, notória por estar no centro das discussões sobre a proteção de dados na revolução do 5G. Também fazem parte a China Telecom e China Mobile, que possuem ações na Bolsa de Valores de Nova York.
O decreto entra em vigor a partir de 11 de janeiro, nove dias antes da saída de Trump da Casa Branca após a posse de Joe Biden como o 46º presidente dos Estados Unidos.
Em outubro, a China tomou uma medida semelhante ao anunciar sanções contra empresas militares americanas envolvidas em um projeto de venda de armas de mais de 1 bilhão de dólares a Taiwan.
Os fabricantes de armas Lockheed Martin, Boeing Defense e Raytheon estão entre as companhias atingidas pela decisão chinesa.
Na época, o porta-voz chinês disse que as sanções têm o objetivo de “proteger os interesses nacionais” e serão aplicadas contra os que se “comportaram mal no processo de venda de armas a Taiwan”.