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Trump e oposição não chegam a acordo e governo pode parar

Caso proposta de orçamento não seja aprovada até este sábado, atividades governamentais não essenciais serão congeladas por falta de verba

Por Da redação
19 jan 2018, 22h54
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  • Uma reunião de emergência entre o líder da minoria democrata do Senado americano e o presidente Donald Trump sobre o orçamento federal terminou sem acordo nesta sexta-feira, aumentando o risco de que o governo do país sofra uma paralisação.

    “Tivemos uma reunião longa e detalhada, discutimos todos os principais assuntos pendentes, fizemos algum progresso, mas ainda temos um bom número de divergências. As discussões continuarão”, disse Chuck Schumer ao sair do encontro convocado por Trump. No Twitter, o presidente afirmou que foi uma “excelente reunião preliminar”.

    Caso o Senado não aprove nas próximas horas a proposta de orçamento, o governo federal vai sofrer o chamado shutdown – uma paralisação por falta de verba. Com o congelamento, o governo não poderá gastar dinheiro em despesas consideradas não essenciais. Se nenhum acordo for alcançado, o shutdown começa oficialmente à 0h01 de sábado (3h01 no horário de Brasília).

    Negociação

    Uma proposta que financia as atividades governamentais até 16 de fevereiro foi aprovada pela Câmara na quinta, mas encontra resistência dos democratas no Senado. A oposição pretende evitar a aprovação do projeto porque ele não contempla uma solução para a questão dos cerca de 800 mil jovens imigrantes sem documentos que chegaram ao país quando crianças, conhecidos como “sonhadores”.

    Schumer, porém, prometeu na quinta que se não houver acordo até o horário limite, deve ser feita uma medida de financiamento de mais curto prazo, que “daria ao presidente alguns dias para se sentar à mesa”. Mitch McConnell, líder republicano da maioria no Senado, disse que o projeto de lei da Câmara prevê quatro semanas de financiamento, suficientes para permitir que as negociações continuem, sem “deixar o governo no caos sem qualquer motivo”. Schumer quer “reter todo o país como refém”, acusou McConnell.

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    Trump, que neste sábado completa um ano no governo, cancelou a viagem prevista para o fim de semana ao seu resort na Flórida, e permanecerá em Washington para coordenar as ações caso a paralisação seja inevitável.

    Shutdown

    No caso de um fracasso das negociações, funcionários de agências e escritórios federais considerados não essenciais vão receber a ordem de ficar em casa até que um orçamento seja aprovado. Casa Branca, Congresso, Departamento de Estado e Pentágono permanecerão operacionais, mas com equipes reduzidas. Os militares deverão se apresentar para trabalhar – inclusive os que estão em áreas de combate –, mas possivelmente não receberão por esses dias.

    A última vez que o governo federal sofreu uma paralisação foi em 2013, quando os republicanos impediram por duas semanas a aprovação do orçamento para tentar revogar a lei de saúde aprovada pelo então presidente Barack Obama. Na ocasião, 800 mil funcionários do governo ficaram sem trabalhar.

    (Com agências EFE e AFP)

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