Em mais uma demonstração de repressão por parte do regime de Bashar Assad, as tropas sírias bombardearam violentamente Talbisé nesta quinta-feira, semeando pânico na cidade da província de Homs, segundo o Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH), que registra 41 mortos em todo o país.
Entenda o caso
- • Na onda da Primavera Árabe, que teve início na Tunísia, sírios saíram às ruas em 15 de março de 2011 para protestar contra o regime de Bashar Assad.
- • Desde então, os rebeldes sofrem violenta repressão pelas forças de segurança, que já mataram milhares de pessoas no país.
- • A ONU alerta que a situação humanitária é crítica e investiga denúncias de crimes contra a humanidade por parte do regime.
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Dos 41 mortos, 23 são civis, 15 militares e três combatentes rebeldes. O governo negou que esse massacre tenha ocorrido.
Os ataques ocorrem um dia depois do massacre de Al-Kubeir (centro), que deixou 55 mortos, entre eles mulheres e crianças, mortos segundo a oposição e o OSDH pelas forças leais ao regime.
Talbisé, cidade localizada a 10 km da fronteira libanesa, foi bombardeada por helicópteros. nove soldados, três civis, entre eles uma criança e um rebelde, morreram, segundo a OSDH.
Imagens divulgadas pela rede via satélite árabe Al-Arabiya mostram moradores que fogem por uma rua, seguidos por uma nuvem de pó, em meio a um estrondo de potentes explosões. Homens armados que retiravam um ferido também foram vistos nessas imagens.
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Ataques – Na mesma província, dois civis morreram na cidade de Homs, um no bairro de Jobar, bombardeado pelas forças regulares, e um terceiro por disparos provenientes de Kafar Aya. Quatro civis morreram na província de Hama (centro).
Na província de Latakia (noroeste), oito civis morreram por bombardeios, e dois rebeldes e quatro soldados morreram em combates, segundo a ONG. Ao menos 35 militares ficaram feridos. Na província de Alepo um civil morreu na periferia de Aazaz e outro em um bombardeio da cidade de Deir Jamal por disparos das forças de ordem que tentam recuperar a cidade nas mãos dos rebeldes.
Um civil morreu em Duma, província de Damasco, e outro na capital, em um bairro oposto ao regime. Um civil morreu em Ariha, na província de Idleb (noroeste) por disparos de um franco-atirador, e em Deraa (sul), morreu um juiz militar, segundo a OSDH.
(Com agência AFP)