Tropas rebeldes voltam a avançar sobre reduto de Kadafi
A Otan abriu caminho para as forças insurgentes com bombardeios aéreos
Entenda o caso
- • A revolta teve início no dia 15 de fevereiro, quando 2.000 pessoas organizaram um protesto em Bengasi, cidade que viria a se tornar reduto da oposição.
- • No dia 27 de março, a Otan passa a controlar as operações no país, servindo de apoio às tropas insurgentes no confronto com as forças de segurança do ditador, que está no poder há 42 anos.
- • Após conquistar outras cidades estratégicas, de leste a oeste do país, os rebeldes conseguem tomar Trípoli, em 21 de agosto, e, dois dias depois, festejam a invasão ao quartel-general de Kadafi.
- • A caçada pelo coronel continua. Logo após ele divulgar uma mensagem em que diz que resistirá ‘até a vitória ou a morte’, os rebeldes ofereceram uma recompensa para quem o capturar – vivo ou morto.
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Depois de um dia de trégua por pedido da Organização do Tratado de Atlântico Norte (Otan), as forças do Conselho Nacional de Transição (CNT) da Líbia se preparam para voltar a atacar a cidade de Sirte, um dos últimos redutos e cidade-natal do ex-ditador Muamar Kadafi.
Na véspera, a Otan realizou uma série de bombardeios contra essa cidade para preparar o terreno para os rebeldes. Nesta semana, as tropas do CNT progrediram alguns quilômetro dentro de Sirte, localizada a 360 quilometros da capital Trípoli. Com a ofensiva da Otan durante o fim de semana, os aliados do ex-ditador regrediram ainda mais.
Os ataques do Exército do novo governo acontecem um dia depois de uma vala comum com 1.700 corpos ter sido encontrada em Trípoli. Os assassinatos datavam de 1996 e acredita-se serem obra de Kadafi. Depois da capital, a conquista de Sirte representaria uma grande conquista para o CNT, que tenta unir uma Líbia fragmentada enquanto luta por reconhecimento internacional.
Onde fica: Sirte
Sirte é a cidade-natal do ex-ditador líbio Muamar Kadafi, que se tornou um de seus principais redutos depois que os rebeldes tomaram a capital Trípoli.
O paradeiro do coronel segue desconhecido mas, se for verdade que ele continua na Líbia, Sirte pode ser um de seus esconderijos.