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Troca de prisioneiros começa na próxima semana

Será aberto um período de 48 horas para que israelenses apresentem recursos contra a concessão dos indultos, mas espera-se que eles sejam negados

Por Da Redação
12 out 2011, 19h19

Na próxima semana se tornará efetiva a histórica troca de prisioneiros estipulada na terça-feira entre Israel e o movimento fundamentalista Hamas. O Serviço Israelense de Prisões (SIP) anunciou nesta quarta-feira que na manhã de domingo publicará a lista dos 450 palestinos que serão libertados em uma primeira fase. Já o Hamas libertará o soldado israelense Gilad Shalit, preso desde junho de 2006.

Será aberto um período de 48 horas, estabelecido por lei, para que cidadãos israelenses possam apresentar recursos contra a concessão dos indultos, que precisam ser assinados pelo presidente israelense, Shimon Peres. Durante este prazo, o SIP manterá uma linha aberta ao público para que possam fazer as perguntas necessárias. A expectativa é de que dezenas de familiares de vítimas de atentados terroristas apelem no Supremo Tribunal para evitar a libertação dos responsáveis pelas mortes.

O Supremo se negou a atender a esses pedidos no passado, o que evidencia a contradição no interior da população israelense com relação a acordos desse tipo, que alguns consideram necessários, mas outros acham perigosos para a segurança da cidadania.

Oposição – Dezenas de pessoas se manifestaram na última terça-feira na frente da residência do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, em Jerusalém, para mostrar oposição ao acordo. O pacto prevê a liberdade do soldado israelense Gilad Shalit após mais de cinco anos de cativeiro em troca da libertação de 1.027 presos palestinos, dos quais 280 cumprem penas perpétuas por assassinato.

Já outro numeroso grupo mostrava sua satisfação pelo acordo e felicitava a família de Shalit, instalada há dois anos em uma barraca ao lado da residência governamental, como forma de protesto. Os pais do jovem militar, Noam e Aviva Shalit, abandonaram emocionados a barraca nesta quarta-feira, e retornaram à sua casa em um tranquilo povoado da Galiléia para esperar a chegada de seu filho.

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Prisioneiros – De acordo com os primeiros dados, 203 presos palestinos não retornarão a suas casas na Cisjordânia ou Jerusalém Oriental, por serem considerados muito perigosos. Alguns deles serão expatriados à Faixa de Gaza, apesar de terem famílias na Cisjordânia, e outros serão deportados ao exterior.

Ilana Stein, porta-voz do Ministério do Exterior israelense, confirmou que vários dos beneficiados com a libertação serão enviados a outros países, embora não tenha confirmado os locais exatos porque não poderia dar detalhes sobre a libertação. Apesar de não existir nenhuma informação oficial sobre quem será libertado do lado palestino, fontes da Inteligência israelense confirmaram que os dois presos mais importantes não serão soltos. Eles são o líder da Frente Popular para Libertação da Palestina (FPLP), Ahmed Saadat, e Marwan Barghouti, secretário-geral do Fatah na Cisjordânia, visto por muitos como o substituto do presidente palestino, Mahmoud Abbas. Os dois cumprem prisão perpétua por assassinato.

O diário israelense Yedioth Aharanot informou nesta quarta-feira que também não serão libertados o chefe do braço armado do Hamas na Cisjordânia, Ibrahim Hamed e Abbas Sayed, que cumpre 31 condenações à prisão perpétua pelo mais sangrento atentado da Intifada de al-Aqsa, realizado em 2002 contra o hotel Park da cidade israelense de Netânia.

(Com agência EFE)

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