Cairo, 21 nov (EFE).- Um tribunal saudita condenou nesta terça-feira a penas de oito a 30 anos de prisão 16 pessoas acusadas de formar uma organização secreta para derrubar o regime da Arábia Saudita.
Os condenados foram presos em 2006 por conspirar contra o regime, lavagem de dinheiro, financiamento do terrorismo e por adotar ideias da rede terrorista Al Qaeda.
O tribunal divulgou nesta terça-feira sua sentença depois que o processo começou em 2010.
Apesar das autoridades sustentarem que o julgamento foi público, alguns jornalistas não puderam entrar na sala, segundo informou à Agência Efe o advogado dos acusados, Walid Abu al Jair, que assegurou que o juiz também não permitiu seu acesso à audiência para defender o seu cliente.
A filha de um dos acusados, Baia Suleiman Rashudi escreveu na rede social Twitter que também foi impedida de entrar no tribunal, mas pelo fato de ser mulher.
Uma ativista que pediu anonimato disse à Efe que a correspondente da emissora ‘Al Arabiya’ e outros jornalistas puderam assistir ao julgamento.
A Associação de Direitos Humanos na Arábia Saudita também esteve presente e deve publicar um relatório a respeito nesta terça-feira, segundo a militante.
Outro dos advogados de defesa, que se identificou como Aalem, assegurou à Efe que os condenados são ativistas de direitos humanos, que estão contra as ideias da Al Qaeda, e que o que pretendem é reformar o país, governado por uma monarquia absolutista que proíbe os partidos políticos. EFE