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Tribunal inicia deliberações em processo que acusa Trump de estupro

E. Jean Carroll acusa o republicano de tê-la abusado sexualmente em um provador de uma loja de departamentos de luxo há cerca de trinta anos

Por Da Redação
Atualizado em 9 Maio 2023, 16h34 - Publicado em 9 Maio 2023, 15h09

O Tribunal Federal de Manhattan iniciou nesta terça-feira, 9, o julgamento do processo de estupro movido contra o ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump. A ex-colunista da revista Elle, E. Jean Carroll, de 79 anos, acusa o republicano de tê-la abusado sexualmente em um provador da loja de departamentos Bergdorf Goodman, em Nova York, há cerca de trinta anos.

O processo, aberto por Carroll no ano passado, corre através da Lei de Sobreviventes Adultos de Nova York, que abre espaço para vítimas de abuso denunciarem seus agressores anos depois do ocorrido. Em uma série de falas polêmicas, Trump chamou o caso de uma  “trapaça completa” utilizada como uma forma de atrair publicidade para os livros da escritora. As declarações renderam ao republicano a acusação de difamação, somada ao processo.

Uma hora antes do início da deliberação, o juiz distrital responsável pelo caso, Lewis A. Kaplan, explicou as instruções sobre a lei para o júri, composto por nove pessoas, para iniciar a discussão sobre as alegações contra o republicano. Em primeiro lugar, eles precisarão decidir se há mais de 50% de chance de Trump ter estuprado Carroll no camarim da loja. Se o resultado for favorável para a escritora, serão escolhidas indenizações compensatórias e punitivas.

+ ‘Donald Trump me estuprou’, acusa escritora durante julgamento civil

Caso acreditem que não, eles definirão se Carroll provou que havia mais de 50% de chance de Trump a submeter a contato sexual sem o consentimento dela ou se ele a tocou à força para inferiorizá-la e satisfazer seu desejo sexual. Com base na deliberação, a corte medirá quais danos são cabíveis.

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Em seguida, a acusação de difamação será julgada. Eles precisarão analisar se é “altamente provável” que a declaração de Trump sobre Carroll seja falsa e tenha sido feita com a intenção deliberada de ferir por ódio ou má vontade os direitos da ex-colunista.

Ainda em abril deste ano, Carroll testemunhou ao Tribunal que foi demitida da revista Elle em consequência queda na sua reputação após as afirmações de Trump, sendo essa a causa da rescisão do contrato. Ela teria lesada com a perda de 8 milhões de leitores.

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“Não estou acertando contas políticas de forma alguma”, destacou Carroll na ocasião. “Estou acertando contas pessoais porque ele me chamou de mentirosa repetidamente, e isso realmente dizimou minha reputação.”

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Na segunda-feira, às vésperas do julgamento, o advogado de Trump, Joe Tacopina, relatou à corte que história de Carroll é muito improvável para ser acreditada. Ele disse, ainda, que a escritora teria motivações políticas e que seu depoimento teria sido baseado em um episódio da série Law & Order, que foi ao ar em 2012, sobre um estupro no camarim da seção de lingerie de uma loja da Bergdorf Goodman.

Em contrapartida, dois amigos de Carroll relataram que a jornalista teria contado sobre o abuso muito antes do episódio ter sido televisionado. Somando-se à defesa, a advogada de acusação, Roberta Kaplan, relembrou trechos do depoimento de Trump, ocorrido em outubro, e seus famosos comentários em um vídeo de 2005, no qual ele afirmou que celebridades podem agarrar mulheres entre as pernas sem consentimento.

“Em um sentido muito real, Donald Trump é uma testemunha contra si mesmo”, ressaltou a advogada. “Ele sabe o que fez. Ele sabe que agrediu sexualmente E. Jean Carroll”. 

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