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Tribunal egípcio proíbe atividades do Hamas no país

Grupo palestino que governa a vizinha Faixa de Gaza tem ligações com a Irmandade Muçulmana

Por Da Redação
4 mar 2014, 21h46

Um tribunal no Cairo baniu todas as atividades do Hamas no Egito e ordenou que os ativos da organização sejam confiscados. O grupo terrorista palestino, que governa a vizinha Faixa de Gaza, teve campo livre para agir no país durante o governo de Mohamed Mursi, destituído em julho do ano passado, depois de um ano na Presidência.

A decisão foi tomada pelo Tribunal de Assuntos Urgentes como resultado de uma ação apresentada por um advogado egípcio que quer que o Hamas seja considerado uma organização terrorista – declaração que não foi mencionada diretamente pela corte.

O Hamas tem ligações com a Irmandade Muçulmana, grupo radical islâmico do qual Mursi faz parte e que foi classificado como organização terrorista pelo governo interino instalado no Egito com o apoio do Exército depois do golpe. As autoridades apoiadas pelos militares agora classificam o Hamas como um risco de segurança significativo, acusando o grupo de apoiar uma insurgência islâmica que se espalhou rapidamente no país. Musa Abu Marzouk, um dos chefes do grupo terrorista, vive no Cairo e agora pode correr risco de ser preso na esteira da decisão do tribunal.

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Gaza Bassem Naim, conselheiro do Hamas, condenou a decisão e disse esperar que ela não envolva “restrições à circulação de pessoas” entre Gaza e o Egito. Muitas pessoas passam pelo Egito para viajar legalmente à Faixa de Gaza, através de Rafah, a única passagem fronteiriça que Israel não controla. As autoridades egípcias fecham com frequência a passagem em função das relações com o Hamas e da situação da segurança.

As autoridades egípcias também destruíram muitos dos túneis abertos sob a fronteira entre Egito e Gaza que são usados pelos palestinos do território para contrabandear uma grande quantidade de bens do Egito, dentre eles gasolina e medicamentos.

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Julgamentos – Um dos motivos da insatisfação popular que levou milhares às ruas no Egito às vésperas do golpe militar foi o fracasso de Mursi na segurança pública. A incompetência administrativa, no entanto, não era apenas fruto da incapacidade técnica, mas também do ranço ideológico. A Península do Sinai, que era monitorada com mão de ferro durante a era Mubarak, transformou-se no principal território mundial de treinamento de terroristas e se consolidou também como base do Hamas.

Depois da destituição de Mursi, atentados contra policiais e militares se multiplicaram, particularmente no Sinai, região fronteiriça com Israel e Gaza. As autoridades egípcias acusam o Hamas de envolvimento nos ataques. Também acusam o ex-presidente e chefes da Irmandade Muçulmana de espionagem e complô com o Hamas e o Irã para desestabilizar o Egito. Em outro processo, por fuga da prisão durante a revolta que levou à renúncia de Mubarak em 2011, Mursi e a Irmandade são acusados de terem recorrido à ajuda do Hamas para atacar as prisões e as delegacias de todo o país.

(Com Estadão Conteúdo e agências Reuters e France-Presse)

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