Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Tribunal argentino julga 21 por crimes durante a ditadura militar

Acusados cometeram atos de lesa humanidade no centro clandestino de detenção 'D2', em Córdoba

Por Da Redação
Atualizado em 6 nov 2018, 21h33 - Publicado em 6 nov 2018, 18h51

O Tribunal Federal nº 1 da província de Córdoba, na Argentina, começou nesta terça-feira, 6, o julgamento de 21 pessoas acusadas de cometer crimes contra a humanidade no centro clandestino de detenção “D2” durante a ditadura militar do país (1976-1983). Eles são responsáveis pela prisão ilegal, tortura e assassinato de 16 pessoas.

Os juízes Julián Falcucci, Jaime Díaz Gavier e José Fabián Assis vão analisar os crimes cometidos entre 1975 e 1976. Dentre os 21 acusados, a maioria é ex-policial e ex-militar. As 16 vítimas foram  classificadas no “D2” como estudantes, militantes considerados “subversivos” ou sindicalistas e sofreram a “imposição de tormentos, homicídios e privação ilegítima da liberdade”.

Este é o sétimo processo realizado por este mesmo tribunal sobre crimes do tipo. Desta vez, há 12 testemunhas, que irão depor nas próximas semanas. O mesmo tribunal condenou 19 pessoas por crime de lesa humanidade em abril deste ano.

Entre os acusados a serem julgados a partir desta terça-feira estão Gilberto Antonio Montiveros, José Arturo Acevedo, Nicolás Miguel Aguirre, Antonio Apolinar Astrada, Delfín Jesús Barrionuevo, Miguel Ángel Bustamante, Roque Osvaldo Camara, José Antonio Cuello, Rául Oscar Del Prado e Miguel Ángel Gómez. Ramón Ernesto Abregú e Roberto Juncos foram liberados da audiência por motivos de saúde.

Continua após a publicidade

Ao contrário do Brasil, onde o fim da ditadura foi marcado pelos termos da Lei da Anistia, no país vizinho, os criminosos do período militar têm sido levados a julgamento e condenados. O número de desaparecidos políticos é tema de controvérsia. A Comissão Nacional sobre o Desaparecimento de Pessoas (Conadep) registrou no livro “Nunca Mais” o total de 7.380 vítimas. O próprio ex-ditador Jorge Rafael Videla mencionou 30.000 desaparecidos.

Os tribunais da Argentina condenaram à prisão os líderes da ditadura militar, entre os quais os ex-ditadores Videla e Roberto Eduardo Viola e o almirante Emílio Massera. Uma série de autoridades militares e paramilitares que atuaram em centros oficiais e clandestinos de tortura e execução sumária e os responsáveis por sequestros de adultos e crianças também foram presos e condenados.

(Com EFE)

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.