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Três sobreviventes resgatados no cruzeiro italiano naufragado

Por Filippo Monteforte
15 jan 2012, 09h32

Um terceiro sobrevivente que estava bloqueado no cruzeiro italiano que naufragou na noite de sexta-feira foi resgatado neste domingo, depois que um casal sul-coreano também foi salvo durante a madrugada, informou uma autoridade portuária.

“Ele está a salvo”, informou a fonte referindo-se a Marrico Giempietroni, o chefe do serviço de bordo do navio Costa Concordia que se encontrava preso no interior da embarcação.

A imprensa italiana informou que o sobrevivente estaria com uma perna quebrada.

Um helicóptero foi posicionado acima do navio meio submerso para resgatá-lo e levá-lo para um hospital.

O naufrágio causou até o momento três mortes (dois turistas franceses e um tripulante peruano) e cerca de 40 feridos, dois deles em estado grave.

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As equipes de socorro, que prosseguiram com os trabalhos de busca durante toda a madrugada de domingo, conseguiram resgatar um casal sul-coreano de 29 anos que estava em lua de mel e, horas depois, o tripulante italiano.

O número estimado de desaparecidos caiu para 38, segundo as autoridades locais.

O prefeito de Grosseto, Giuseppe Linardi, disse que as autoridades estão verificando as listas de passageiros para calcular com mais exatidão o número de desaparecidos, já que algumas pessoas talvez não tenham sido registradas por causa da agitação da evacuação.

Os mais de 4.000 evacuados foram transferidos no sábado da ilha de Giglio para o porto de Santo Stefano, e dali repatriados para seus lugares de origem.

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Os bombeiros explicaram que as buscas no “Costa Concordia” são muito difíceis por causa da importante inclinaçao do barco, que está tombado sobre um de seus lados a 80 graus e semissubmerso.

Por outro lado, a promotoria da localidade de Gressetto determinou a prisão do comandante do “Costa Concordia”, Francesco Schettino, após várias horas de depoimento, devido à polêmica trajetória seguida pelo navio, que teve seu casco rasgado por rochedos junto à costa da ilha de Giglio.

Antes de ser detido, o comandante Schettino declarou que “segundo a carta náutica, deveria haver profundidade suficiente” no local onde ocorreu o acidente.

Segundo testemunhas, o comandante Schettino foi um dos primeiros a abandonar o próprio navio.

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O “Costa Concordia” levava 4.231 pessoas a bordo, a maioria turistas italianos, mas também cerca de 500 alemães, 150 franceses, 53 brasileiros e vários japoneses, indianos e espanhóis.

Muitos passageiros estavam jantando quando o navio encalhou e, tomados pelo pânico, alguns se jogaram na água gelada.

O brasileiro Luciano Castro, um dos passageiros do “Costa Concordia”, disse à imprensa italiana que por volta das 21H30 local “todos estavam jantando quando a luz apagou, houve um tranco e os pratos caíram da mesa”.

Quando a luz voltou, o comandante anunciou uma avaria no gerador elétrico e garantiu um conserto rápido, mas o barco começou a adernar.

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A tripulação pediu que todos colocassem os coletes salva-vidas e logo veio a ordem para abandonar o navio, revelou Castro.

Outra passageira, a jornalista Mara Parmegiani, descreveu “cenas de pânico dignas do ‘Titanic'”, com empurrões entre os evacuados, gritos e choro.

Também denunciou a falta de preparo da tripulação, afirmando que houve problemas quando os botes salva-vidas foram lançados ao mar e que alguns coletes salva-vidas não funcionaram.

“Os funcionários não estavam de maneira nenhuma preparados, houve problemas quando os botes foram colocados no mar (…) e alguns coletes salva-vidas não funcionaram, assim como as luzes de emergência”.

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Unidades da Guarda Costeira, navios mercantes e ferrys garantiram a evacuação dos passageiros e tripulantes para a ilha de Giglio.

Um passageiro francês, Joël Pavageau, revelou que a ordem para abandonar o navio demorou 45 minutos. “Nos pediram para ficar sentados quando o navio já estava afundando”.

No total, 12 navios e 9 helicópteros foram mobilizados para verificar se há alguém no mar, segundo o porta-voz da capitania de Livorno, Emilio Del Santos.

A capitania de Livorno, o maior porto da Toscana, anunciou a abertura de uma investigação sobre a causa do acidente e como os passageiros foram resgatados.

A “Costa Crociere”, empresa proprietária do navio, manifestou seus pêsames às famílias e destacou que ainda não é possível determinar as causas do acidente.

Segundo a empresa, o “Costa Concordia” havia partido de Savona para um cruzeiro pelo Mediterrâneo, com escalas em Civitavecchia, Palermo, Cagliari (Itália), Palma de Mallorca, Barcelona (Espanha) e Marselha (França).

O “Costa Concordia”, de 290 metros, tinha cinco restaurantes, 13 bares e quatro piscinas.

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