Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

TPI ordena a prisão de jornalista acusado de suborno no Quênia

O Tribunal Penal Internacional emitiu o mandado de prisão para impedir Walter Barassa de interferir no julgamento do vice-presidente queniano em Haia

Por Da Redação
2 out 2013, 15h03

O Tribunal Penal Internacional (TPI) emitiu pela primeira vez na história um mandado de prisão para garantir a integridade de um julgamento na cidade de Haia, na Holanda. De acordo com a rede BBC, o jornalista queniano Walter Barassa, de 41 anos, foi acusado de oferecer suborno para desestimular as testemunhas da promotoria a prestarem depoimento contra o vice-presidente do Quênia, William Ruto. A ordem de prisão foi expedida em agosto, mas tornou-se pública nesta quarta-feira para impedir novas interferências no processo.

Leia também:

Tribunal mantém sentença de 50 anos de prisão contra Charles Taylor

Em nota, o TPI atesta que Barassa estava “agindo em prol de um esquema criminoso planejado por um circulo de oficiais ligados à administração queniana”. O jornalista teria oferecido pouco mais de 16 000 dólares para desencorajar as testemunhas a irem ao tribunal. Ele é um ex-funcionário de um jornal localizado em Eldoret, a cidade natal de Ruto, que foi comprado recentemente pelo grupo Mediamax Network. O conglomerado, que pertence à família do presidente queniano Uhuru Kenyatta, negou ter empregado Barassa, segundo a France-Presse.

Continua após a publicidade

Barassa disse à BBC que está pronto para provar sua inocência no tribunal. Em outra entrevista para a Reuters, o jornalista afirmou que a polícia não entrou em contato para comunicar sua detenção. “Eu não tive nenhum contato com testemunhas, e nem ofereci suborno para elas deixarem o caso”, destacou. Já a chefe da promotoria do TPI, Fatou Bensouda, apontou que existem “fortes indícios” de que Barassa tentou subornar alguém que ele pensou ser uma testemunha. Se for condenado, o jornalista poderá pegar até cinco anos de prisão.

O julgamento de Ruto foi retomado nesta quarta-feira após o TPI concordar com a liberação do réu para ajudar nas investigações do ataque terrorista contra o shopping de luxo Westgate, em Nairóbi. Ele foi indiciado por orquestrar o massacre de civis junto com o jornalista Joshua Sang, que também está sendo julgado em Haia. No início de novembro, o presidente Kenyatta também enfrentará um processo semelhante no TPI. As autoridades dizem ser inocentes das acusações.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.