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Time alemão patrocinado por russos evita visita ao Kremlin

O Schalke 04, que tem a estatal russa Gazprom estampada na camisa, é criticado por aliados de Merkel ao considerar viagem a Moscou

Por Da Redação
24 abr 2014, 21h40
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  • O time de futebol Schalke 04, da Alemanha, tenta se esquivar do recente convite de Vladimir Putin para visitar o Kremlin. Apesar de receber cerca de 20 milhões de euros por ano da gigante estatal Gazprom, o clube tenta evitar envolvimento em eventos de promoção da Rússia, atendendo à pressão do governo alemão. Políticos aliados de Angela Merkel reforçaram nas últimas semanas a pressão sobre os donos da equipe para que fiquem longe de qualquer ato que promova o Kremlin, em um momento em que potências ocidentais estabelecem sanções contra a Rússia em uma tentativa de brecar as ambições de Putin na Ucrânia. Em meio a divergências, o clube tenta manter os negócios com Moscou e ao mesmo tempo atender às exigências de Berlim, destacou o Wall Street Journal.

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    Na quarta-feira, em entrevista a um jornal alemão, o presidente do Schalke 04, Clemens Tönnies, indicou que aceitaria o convite para levar a equipe para uma visita a Putin. “O time adoraria ver o Kremlin e está interessado em Moscou. E o presidente russo está interessado no Schalke e nos convidou”. Ele também rejeitou a possibilidade de abrir mão do patrocínio da estatal do setor de gás devido à crise na Ucrânia.

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    Aliados de Merkel criticaram a posição do empresário, dizendo que Tönnies estava usando o time para seus interesses pessoais. Nesta quinta-feira. o presidente da equipe voltou atrás e disse que não existe nenhum compromisso com a visita. “Isso não seria apropriado diante da atual situação política”, disse um porta-voz do empresário.

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    Nas últimas semanas, lideranças empresariais pediram ao governo alemão que evite aumentar a pressão contra a Rússia sob o argumento de que sanções econômicas piorariam a crise. Pesquisas de opinião demonstraram que parte do público pensa da mesma forma, acreditando que a Alemanha deveria se manter neutra em vez de apoiar o Ocidente. O chefe da associação de torcedores do clube disse que a maioria não se importa com a origem do patrocinador.

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    Guerra de palavras – A crise na Ucrânia foi marcada nesta quinta-feira pela guerra de palavras entre Rússia e Estados Unidos, que se acusaram mutuamente de falhar em reduzir as tensões na região, depois de Kiev ter lançado uma ofensiva contra separatistas pró-Moscou que deixou ao menos cinco mortos no leste do país.

    A Rússia afirmou que os EUA deveriam deter Kiev, reclamando que “nada foi feito para resolver a crise até agora”. O Kremlin ordenou a realização de novos exercícios militares na fronteira. Em resposta, o ministro de Relações Exteriores da Ucrânia, Andrei Dechtchitsa, afirmou que seu país vai combater qualquer tropa invasora. Ele afirmou que a anexação da península da Crimeia pela Rússia serviu de lição. “Com base nesta experiência, nós iremos agora combater as tropas russas caso invadam a Ucrânia”.

    O governo americano informou que está elaborando novas sanções contra a Rússia, que poderão ser anunciadas ainda esta semana. O secretário de Estado John Kerry acusou Moscou de usar no leste da Ucrânia os mesmos métodos empregados na Crimeia, em fevereiro. “O que está acontecendo no leste da Ucrânia é uma operação militar bem planejada e organizada. Se a Rússia continuar nessa direção, não será apenas um erro grave, mas um erro que vai custar caro”. “A janela para mudança está fechando. Estamos pronto para agir. O mundo vai fazer com que os custos para a Rússia só continuem a crescer”, ameaçou, em pronunciamento.

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    O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, emitiu comunicado dizendo que está “seriamente preocupado com a possibilidade de a situação sair do controle, o que traria consequências imprevisíveis” para os envolvidos.

    (Com Estadão Conteúdo)

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