Terrorista do atentado de Bali é condenado a 20 anos
Umar Patek era especialista em explosivos da rede islâmica Yemaa Islamiya
Umar Patek, considerado o especialista em explosivos da rede islâmica Yemaa Islamiya, foi condenado nesta quinta-feira a 20 anos de prisão por seu papel nos atentados de Bali, que deixaram 202 mortos em 2002.
O veredito foi proferido por Encep Yuliardi, presidente do tribunal de Jacarta, após mais de quatro meses de audiências. Os ataques são considerados os mais sangrentos na história da Indonésia.
Patek, de 45 anos, se livra do pelotão de fuzilamento que os outros três líderes islâmicos tiveram que enfrentar em 2008 por seu papel nos atentados, que mataram turistas em sua maioria, e fizeram o país entrar na “guerra contra o terrorismo”.
Perdão – O muçulmano surpreendeu ao pedir perdão às famílias das vítimas. “Sinto pelo que aconteceu, uma vez que eu era contra desde o início”, afirmou. “Nunca concordei com os métodos” dos autores dos atentados, que atingiram o coração da localidade turística de Kuta.
Patek minimizou a importância de seu papel, admitindo apenas ter “ajudado a misturar” 50kg da tonelada de produtos químicos detonada em outubro daquele ano em frente a um bar e uma boate.
Patek foi preso em janeiro de 2011, em Abbottabad, cidade paquistanesa onde o Exército americano matou Osama Bin Laden quatro meses mais tarde. O muçulmano foi extraditado para a Indonésia em agosto, após quase nove anos foragido.
Além da fabricação dos explosivos de Bali, o indonésio foi declarado culpado de ter participado da preparação de bombas ocultas em presentes de Natal, que causaram 19 mortes em igrejas em 24 de dezembro de 2000.
(Com agência AFP)