Terrorista da lista dos mais procurados é dado como morto
Americano Omar Hammami teria sido alvo de emboscada organizada por ex-aliados do grupo terrorista al-Shabab em um vilarejo na Somália
Um jihadista americano que faz parte da lista dos mais procurados do FBI teria sido morto nesta quinta-feira por terroristas do grupo al-Shabab. Omar Hammami, conhecido como ‘al-Amriki’ (o americano), teria sido assassinado por antigos aliados do grupo que abandonou este ano. Segundo testemunhas, ele foi alvo de uma emboscada no vilarejo al Baate, localizado ao sul de Mogadíscio, capital da Somália. Embora a polícia federal americana não tenha confirmado a informação, radicais ligados à organização criminosa e moradores da região afirmaram que Hammami, de 29 anos, e outros dois jihadistas foram atingidos durante um tiroteio e não resistiram aos ferimentos. Osama al-Britani, um cidadão britânico de origem paquistanesa, seria um dos outros mortos.
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Boatos sobre a morte de Hammami já haviam circulado na internet em outras ocasiões. O criminoso chegou a postar neste ano uma foto no Twitter de um atentado terrorista que sofreu dentro de uma lanchonete somali. Um homem invadiu o local e acertou um tiro de raspão em seu pescoço. O pai do jihadista, Shafik Hammami, disse à agência Reuters que está rezando para que as notícias se provem falsas novamente. “Eu li na internet que o FBI ainda não confirmou a morte. Estou torcendo e rezando para que isso não seja verdade”.
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O americano cresceu na cidade de Daphne, no estado do Alabama, onde amigos ouvidos pela BBC disseram que ele era popular na escola – chegou a ser eleito presidente do conselho de classe -, esperto e carismático. O terrorista mantinha uma conta no Twitter, mas a empresa cancelava a sua assinatura com frequência, por considerar o conteúdo publicado na rede social inadequado.
Para os terroristas somalis, o carismático americano era uma peça de propaganda – ele fez vídeos para o Shabab, mas também há informações de que já teria comandado ataques do grupo, que sofreu reveses nos anos recentes, sendo expulso da capital e de outras áreas estratégicas do país pelos militares. A organização, contudo, permanece sendo fonte de preocupação internacional. Um grupo de monitoramento da Somália na ONU divulgou um relatório em julho no qual a rede é apontada como “a principal ameaça à paz e à segurança na Somália”, com quase 5 000 integrantes e estoques de armas e munição espalhados pelo país.