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Talibãs afegãos abrem pela 1ª vez porta ao diálogo de paz

Por Da Redação
3 jan 2012, 13h17

Cabul, 3 jan (EFE).- Um porta-voz talibã mostrou nesta terça-feira pela primeira vez a disposição do movimento insurgente afegão de negociar com a comunidade internacional por meio de um escritório de representação no Catar.

‘Temos uma forte presença no Afeganistão, mas também estamos prontos para formar um escritório fora de lá para dialogar com os estrangeiros’, disse à agência Efe o porta-voz Zabiullah Mujahid por telefone a partir de local desconhecido.

‘Alcançamos um princípio de acordo sobre o escritório do Catar. Pedimos a libertação dos presos talibãs que continuam em Guantánamo (presídio que os Estados Unidos mantêm em Cuba)’, acrescentou.

A abertura de negociações entre os insurgentes, as autoridades afegãs e a comunidade internacional tomam cada vez mais corpo à luz de diversas declarações dados nos últimos dias.

‘Apoiamos um processo de reconciliação liderado pelos afegãos no qual os talibãs renunciem à violência, rompam com a Al Qaeda e aceitem a Constituição do país’, declarou nesta terça-feira mesmo a Efe o porta-voz da embaixada dos EUA em Cabul, Gavin Sundwall.

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O porta-voz americano não se pronunciou sobre a possível deportação de afegãos a partir de Guantánamo como parte da negociação, mas a imprensa e analistas locais se referem cada vez com mais insistência a esta possibilidade.

‘Confirmamos que os Estados Unidos estão considerando entregar líderes talibãs como medida de geração de confiança em troca da abertura do diálogo’, revelou a Efe um responsável do Executivo afegão, que preferiu manter o anonimato.

‘Enviamos formalmente aos EUA uma lista de dez nomes que estão na prisão de Guantánamo e no Paquistão para que sejam levadas ao Afeganistão’, revelou um membro do organismo governamental encarregado de conduzir as negociações, Arsala Rahmani.

O integrante do Alto Conselho de Paz apostou pelas entregas porque ‘são pessoas que têm o respeito e a confiança dos talibãs’.

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Um dos pontos mais espinhosos a ser superado nesta fase preliminar dos contatos é o papel do Governo afegão, visto como uma marionete pelos seguidores do mulá Omar.

‘O processo deve ser liderado pelos afegãos, e o Executivo quer que se leve em conta sua opinião sobre todas as decisões’, acrescentou o alto cargo governamental consultado pela Efe.

Após várias idas e voltas, o Governo presidido por Hamid Karzai deu seu sinal verde ao pequeno emirado do Golfo Pérsico para a abertura de um escritório insurgente, o primeiro fora do Afeganistão.

Como disse a Efe há poucos dias um membro do Alto Conselho de Paz, o Governo catariano ficará a cargo das despesas dos emissários talibãs e de suas famílias, grupo que já chegou à capital do emirado, Doha.

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O processo de reconciliação afegão chegou ao fundo do poço há três meses com o assassinato de um suposto mensageiro talibã do ex-presidente Burhanudin Rabbani, designado por Karzai para liderar o processo de reconciliação com os insurgentes. EFE

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