A opositora birmanesa Aung San Suu Kyi indicou que não prevê se unir ao governo dos ex-militares, no poder atualmente em Mianmar, respondendo a rumores neste sentido que circulavam em Yangun.
“Não tenho nenhuma intenção de deixar o parlamento depois de ter lutado tanto para integrá-lo”, explicou a opositora em uma coletiva de imprensa, a dois dias das eleições parciais nas quais disputa um assento de deputada.
Suu Kyi, ganhadora de um Prêmio Nobel da Paz, respondia a um jornalista que a interrogava sobre a possibilidade de que ela integre o governo do presidente Thein Sein, um ex-general e primeiro-ministro da junta que se converteu no impulsionador de reformas muito importantes desde sua chegada ao poder, há um ano.
A constituição birmanesa, adotada em 2008 em condições controversas, estabelece que ninguém pode entrar no governo sem abandonar previamente sua função de parlamentar.
Alguns rumores circularam sobre a possibilidade de que Suu Kyi, convidada pelo poder atual a se apresentar às eleições depois de ter sido por 20 anos a inimiga número um da junta, fosse convidada a exercer uma função de destaque.