O escândalo que envolve o pré-candidato republicano à presidência dos Estados Unidos Herman Cain ganhou mais um capítulo nesta quinta-feira, quando uma das duas mulheres que o acusam de assédio sexual apresentou uma declaração por escrito sobre o incidente.
Cain, que teve uma subida meteórica nas pesquisas da corrida republicana, garante que é inocente da acusação de assédio sexual quando presidia a Associação Nacional de Restaurantes, entre 1996 e 1999.
Joel Bennett, advogado de uma das mulheres, apresentou nesta quinta-feira uma declaração por escrito que poderá esclarecer a história e a natureza das acusações.
A Associação Nacional dos Restaurantes informou que seus advogados decidirão na sexta-feira se as cláusulas de confidencialidade do acordo financeiro fechado na década de 90 podem ser levantadas para permitir a divulgação do testemunho.
A vice-presidente de Relações Públicas da Associação, Sue Hensley, disse que “atualmente estamos revisando o documento e pensamos em responder isto amanhã (sexta-feira)”.
Segundo Bennett, sua cliente ficou irritada com a resposta de Cain sobre o caso e está disposta a esclarecer os fatos.
O site do Washington Politico, que divulgou a história no domingo passado, revelou nesta quinta-feira que a mulher obteve 45 mil dólares no acordo.
A princípio, Cain negou o caso, mas finalmente admitiu ter feito um acordo com uma funcionária da Associação Nacional de Restaurantes envolvendo um suposto assédio sexual.
Herman Cain, único negro entre os oito candidatos republicanos, afirmou no início da semana que “jamais agrediu alguém sexualmente” e que trata-se de “uma campanha de difamação” visando sua campanha nas primárias.