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Strauss-Kahn é libertado em Lille, mas voltará a depor

Ex-chefe do FMI é acusado de 'favorecimento de prostituição' na França

Por Da Redação
22 fev 2012, 15h13

O ex-diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI) Dominique Strauss-Kahn foi libertado nesta quarta-feira após permanecer detido dois dias acusado de “favorecimento à prostituição”. Strauss-Kahn, de 62 anos, deverá voltar a depor nos próximos dias diante do juiz, que determinará se há indícios para processá-lo por cumplicidade em sua relação com uma rede de prostituição e desvio de fundos, o que pode acarretar até 20 anos de prisão.

Entenda o caso

  1. • Em 14 de maio, o francês Dominique Strauss-Kahn foi preso, acusado de abuso sexual pela camareira de um hotel de luxo de Nova York. Uma semana depois, foi colocado em prisão domiciliar.
  2. • Como consequência do escândalo, foi obrigado a renunciar à chefia do FMI e à candidatura à Presidência da França em 2012 – para a qual era um dos favoritos.
  3. • Um mês depois, porém, o caso sofre uma reviravolta: promotores passam a duvidar da credibilidade da vítima, que mentiu nos depoimentos, e DSK ganha liberdade condicional.
  4. • No dia 23 de agosto de 2011, um juiz em Nova York decide retirar todas as acusações contra ele, encerrando o caso.

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O ex-chefe do FMI chegou no começo da manhã de terça a um quartel da cidade de Lille, ao norte da França, onde ficou detido por mais de 30 horas, incluindo a noite passada. Strauss-Kahn foi interrogado por seus possíveis contatos com uma rede de prostituição que organizou festas das quais ele teria participado.

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Os juízes decidirão em breve se ele será processado pelos crimes dos quais é acusado. A grande questão do caso está em determinar se Strauss-Kahn sabia que as mulheres que participavam dos eventos eram prostitutas, algo que o antigo responsável pelo FMI nega — assim como boa parte das testemunhas interrogadas até o momento, incluindo os oito processados.

“Quando alguém te apresenta a uma amiga, você não pergunta se ela é uma prostituta”, afirmou Strauss-Kahn em sua biografia. Porém, segundo a revista Le Point, os investigadores reuniram depoimentos de algumas prostitutas que duvidam que Strauss-Kahn desconhecesse o caráter profissional de sua atividade.

Depoimento – A publicação afirma que uma das prostitutas interrogadas disse aos investigadores que Strauss-Kahn interveio para que ela obtivesse um visto, o que pode relacioná-lo diretamente com a organização. As festas, que ocorreram em Paris, Lille, Bruxelas e Washington (sede do FMI), eram organizadas e pagas por dois empresários do norte da França, que custeavam as despesas com recursos de suas sociedades.

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Os investigadores também tentam determinar se Strauss-Kahn sabia que eram eles que pagavam, o que pode relacioná-lo com um delito de desvio de fundos. Strauss-Kahn também nega esta acusação, assim como os organizadores das festas. “Quando te convidam para uma festa, você não pede a fatura para verificar se é o seu amigo ou a empresa que pagou”, afirmou Strauss-Kahn em sua biografia.

Libertinagem – Este é o segundo escândalo sexual envolvendo Strauss-Kahn. No ano passado, ele foi acusado de agressão sexual por uma camareira em Nova York. Ele foi libertado, mas ainda terá de enfrentar uma ação civil nos Estados Unidos. O primeiro caso provocou uma série de revelações sobre sua vida privada, convertendo-o para alguns em um “ogro sexual” e para outros em “vítima de um complô”. Strauss-Kahn reconheceu um “gosto pela libertinagem”, mas negou ter cometido qualquer ato ilícito ou violento.

(Com agência EFE)

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