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Sósia sul-coreano de Kim Jong-il chora a morte do líder

O sósia mais célebre de Kim Jong-il, o sul-coreano Kim Yung-sik, que, por ser parecido com o falecido líder norte-coreano, já foi insultado nas ruas, atuou em um filme e imitou a saudação do “amado líder”, tem a impressão de que uma parte de sua vida morreu com ele. Durante mais de 10 anos, Kim […]

Por Por Daniel Rook
30 dez 2011, 09h08
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  • O sósia mais célebre de Kim Jong-il, o sul-coreano Kim Yung-sik, que, por ser parecido com o falecido líder norte-coreano, já foi insultado nas ruas, atuou em um filme e imitou a saudação do “amado líder”, tem a impressão de que uma parte de sua vida morreu com ele.

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    Durante mais de 10 anos, Kim Yung-sik, proprietário de um pequeno comércio em um subúrbio de Seul, imitou o chefe comunista que dirigiu a Coreia do Norte durante 17 anos com mão de ferro.

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    Mas depois da morte de Kim Jong-il, no dia 17 de dezembro, este pai de família de 61 anos teme se ver obrigado a guardar para sempre no armário o famoso casaco caqui do número um norte-coreano, que lhe permitiu aparecer na televisão japonesa e em uma publicidade para o Oriente Médio.

    “Sinto-me vazio, como se uma parte de mim mesmo tivesse morrido. Muitos tentam me consolar dizendo que algumas personalidades se tornam mais famosas depois de sua morte, mas eu não acredito que este será o caso de Kim”, explicou.

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    Tudo começou por acaso.

    “Um dia, ao sair do chuveiro, meus cabelos tomaram uma forma cheia. Falaram que eu parecia com Kim Jong-il”, lembrou.

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    Em 1995, interpretou o papel do líder norte-coreano em um filme de ficção sul-coreano sobre um cientista da Coreia do Sul que ajudava secretamente o Norte a fabricar a bomba atômica para evitar uma invasão japonesa.

    Desde então, conheceu os líderes do mundo, ou, em todo o caso, os que os imitam, sobretudo os sósias de George W. Bush e de Vladimir Putin.

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    Sua carreira foi impulsionada pela notícia de diálogo com o Norte, lançada no fim dos anos 1990 pelo presidente sul-coreano Kim Dae-jung.

    “As pessoas começaram a se fixar em mim e a me convidar para diversos programas de televisão”, explica Kim Yung-sik.

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    No entanto, se parecer com um líder cujo país sofreu uma fome catastrófica nos anos 1990 e que prendeu milhares de opositores nem sempre é fácil.

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    “Insultavam-me, me chamavam de ‘ditador’, mas os que me conheciam me saudavam gritando ‘Kim Jong-il’. Eu devolvia a saudação à maneira de Kim”, afirmou.

    Permanecer parecido com seu modelo exige trabalho. Seu cabeleireiro faz a cada três meses uma permanente, mas o sósia modificou seu aspecto à medida que Kim Jong-il emagrecia, uma mudança evidente depois de seu acidente vascular cerebral em 2008.

    “Quando Kim Jong-il era jovem, eu colocava laquê no cabelo. Quando envelheceu e começou a perder o cabelo, já não foi necessário”, explicou.

    Kim Yung-sik tem cinco pares de sapatos com salto e quatro trajes diferentes, inspirados na vestimenta do líder norte-coreano, sobretudo em seu célebre conjunto de casaco e calça cáqui.

    Lamenta por não ter se reunido nunca com Kim Jong-il e não ter podido visitar a Coreia do Norte, que negou a ele um visto de turista.

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    “De alguma forma, Kim era um grande homem. Não há dúvida de que foi um ditador, mas construiu seu país como ninguém. Você acredita que outro poderia ter feito o mesmo?”, perguntou.

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